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Divirta-se

Em 'Toni Erdmann', a diretora Maren Ade explora as relações interpessoais na pós-modernidade

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Por André Carmona
Atualização:
 Foto: IMDB/Reprodução

Num passado recente, a globalização já foi assunto de dimensões quase exotéricas. Hoje, alguns resultados do processo podem ser percebidos no cotidiano: a velocidade das novas tecnologias; o encurtamento de distâncias; a abundância de informações; e a interdependência do mundo.

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Mas nem todos os impactos se mostram positivos, como a sensação de falta de tempo e o afastamento gradual entre as pessoas, que se comunicam mais virtualmente.

De maneira sensível e com humor refinado, a diretora alemã Maren Ade aborda tais temas em Toni Erdmann, que concorre ao Oscar de melhor filme estrangeiro e estreia nos cinemas esta semana.

A trama narra a fria relação entre Winfried (Peter Simonischek), um professor de artes sempre disposto a usar uma dentadura falsa para interpretar personagens cômicos, e sua filha Ines (Sandra Hüller). Ela é uma executiva, viciada em trabalho, que lidera processos de terceirização de mão de obra em países do leste europeu.

Morando em Bucareste, na Romênia, Ines nunca tem tempo para o pai, que vive na Alemanha e nota, com pesar, o distanciamento entre os dois. Até que Winfried resolve visitar Ines. E é aí que a história ganha contornos interessantes.

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Sem conseguir se aproximar da filha, ele lança mão de um alter ego, Toni Erdmann, um caricato empresário. Ao se infiltrar na vida laboral dela, ele provoca uma reviravolta, com a intenção de reconectar laços.

Confira a programação completa no Guia de Cinema do Divirta-se

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