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Em 'Divinas Divas', Leandra Leal conta a história da primeira geração de travestis artistas do Brasil

Por André Carmona
Atualização:
'Divinas Divas' é o primeiro filme de Leandra Leal como diretora. Foto: Vitrine Filmes

Leandra Leal praticamente nasceu na coxia do Teatro Rival, no Rio de Janeiro. Seu avô, Américo Leal, era dono e diretor artístico da casa. Aos sete anos, a atriz corria livremente pelos bastidores de um espetáculo quando uma mulher a abordou: "Você é loira e branca; então, para suas bochechas ficarem rosas, não precisa de blush, é só dar um beliscão."

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A cena remete à primeira vez em que a atriz viu Rogéria - a travesti mais famosa do Brasil. Anos depois, já consagrada, Leandra decidiu remexer esse baú de reminiscências, dando início à sua carreira como diretora. Assim, nasceu o filme Divinas Divas - premiado pelo júri popular do SXSW Festival, no Texas, Estados Unidos.

No documentário, ela apresenta, de forma poética, a trajetória e os dramas pessoais das primeiras artistas travestis do País, incluindo Rogéria, Eloína dos Leopardos, Camille K, Jane Di Castro e Valéria.

Na década de 1960, em plena ditadura militar, elas enfrentaram todo tipo de preconceito para revolucionar o modo como eram vistas. E o primeiro palco que lhes abriu espaço foi, justamente, o teatro do avô de Leandra. "Se não fosse pela arte, eu não seria travesti", conta Valéria, uma das divas, em entrevista coletiva.

Leandra também superou empecilhos na hora de rodar o longa, que levou quase uma década para ser finalizado. "Tive dificuldades financeiras para realizar o projeto, mas o filme é uma declaração de amor à arte", diz a diretora.

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Mais que um longa, a produção é um verdadeiro show - com Glitter, glamour e emoção.

Confira salas e horários de exibição

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