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Divirta-se

Divirta-se elege as melhores atrações de São Paulo em 2017

Convidamos especialistas de diversas áreas para eleger as melhores atrações que passaram pela cidade ao longo de 2017. Confira os vencedores

Por Redação Divirta-se
Atualização:

O ano, como sempre, foi movimentado para a vida cultural e gastronômica de São Paulo. E estamos felizes por ter participado disso e levado até você, leitor, as melhores atrações da cidade. Em 2017, acompanhamos também a abertura de importantes espaços culturais - como o Sesc 24 de Maio, a Japan House e o Instituto Moreira Salles -, além de novos palcos para shows, como a Casa de Francisca, que se mudou para um palacete no Centro, e a Casa Natura Musical, que veio para reforçar a programação voltada à música brasileira.

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Para relembrar um pouco de tudo isso, convidamos especialistas de diferentes áreas para a nossa já tradicional votação Melhores do Ano.

São oito categorias: Shows Nacionais; Shows Internacionais; Exposições; Gastronomia; Filmes Nacionais; Filmes Internacionais; Teatro Adulto; e Teatro Infantil. Os jurados enviaram votos de 1º, 2º e 3º lugar, com uma breve justificativa. Para chegar aos vencedores, foi usada a seguinte regra: a cada voto de 1º lugar, a atração ganhou 3 pontos; o de 2º lugar valeu 2 pontos; e quem ficou em 3º lugar recebeu 1 ponto.

Quando mais de uma atração alcançou a mesma pontuação final, utilizou-se como critério de desempate o número de vezes que a candidata foi citada pelos jurados. Se, ainda assim, o empate persistiu, os candidatos dividiram o pódio. A seguir, o melhor de 2017.

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Em 2017, Instituto Moreira Salles abriu nova sede, na Avenida Paulista. Foto: Hélvio Romero/Estadão

SHOWS NACIONAIS

1º lugar: Caetano, Moreno, Zeca Tom Veloso2º lugar: Mallu Magalhães 3º lugar: Criolo/Letrux

Show conjunto de Caetano Veloso e seus filhos vai virar DVD em 2018. Foto: Jorge Bispo

JULIO MARIA, Jornalista e crítico do 'Caderno 2'1º lugar: Caetano, Moreno, Zeca Tom Veloso. Caetano se renova na essência dos filhos, sobretudo Tom e Zeca.2º lugar: Refavela 40. Não foi só um show. Gilberto Gil em família mostrou-se feliz, leve, criativo e Soberano.3º lugar: Mônica Salmaso. Finalmente, com o belo repertório do CD 'Caipira', a cantora chega ao coração.

MARINA VAZ, Editora do 'Divirta-se'1º lugar: Criolo. Levado ao palco, o disco 'Espiral de Ilusão'revelou um Criolo tão à vontade com o samba quanto com o rap.2º lugar: Mallu Magalhães. Com belas projeções ao fundo, o show mostra como a voz e a presença de palco de Mallu evoluíram.3º lugar: Paulinho da Viola e Marisa Monte. Elegância e delicadeza em um encontro para ficar na memória.

RENATO VIEIRA, Repórter do 'Divirta-se'1º lugar: Caetano, Moreno, Zeca Tom Veloso. Um show íntimo pautado pela alegria do patriarca em estar com os filhos.2º lugar: Mallu Magalhães. Amadurecida como intérprete, ela conseguiu levar ao palco a deliciosa leveza do álbum 'Vem'.3º lugar: Lô Borges. Seu lendário 'disco do tênis' vira show competente e vigoroso depois de 45 anos.

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ROBERTA MARTINELLI, Apresentadora da Rádio Eldorado e TV Cultura1º lugar: Letrux. No show do álbum 'Em Noite de Climão', ela interpreta textos bem escolhidos ao lado de banda potente.2º lugar: Tulipa Ruiz. Um novo olhar, uma nova voz e um novo som marcaram o lançamento do álbum 'TU'.3º lugar: Luiza Lian. Revelação com o álbum visual 'Oyá Tempo'. Cenário e instalação funcionam muito bem

SHOWS INTERNACIONAIS

1º lugar: The Who2º lugar: PJ Harvey3º lugar: Kamasi Washington

Pela primeira vez, o The Who veio ao Brasil, emocionando fãs da banda. Foto: Wilton Junior/Estadão

JOÃO PAULO CARVALHO, Repórter do 'Caderno 2'1º lugar: The Who. Pete Townshend e Roger Daltrey esbanjaram vigor físico e técnico. Um show emocionante.2º lugar: Bruno Mars. Um verdadeiro showman. Ninguém na música pop atual é mais brilhante do que ele.3º lugar: Green Day. Coeso, o trio liderado por Billie Joe enfileirou um hit atrás do outro, comovendo os fãs.

LUCAS BRÊDA, Repórter da revista 'Rolling Stone'1º lugar: The Who. Com muito vigor, a banda está em melhor forma do que os veteranos acostumados a tocar por aqui.2º lugar: PJ Harvey. A cantora hipnotizou em show do Popload Festival, focado em seus dois álbuns mais recentes.3º lugar: Kamasi Washington. Atração do Nublu Jazz Festival, o saxofonista reuniu banda poderosa.

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MARCELO COSTA, Editor do site 'Scream & Yell'1º lugar: Kamasi Washington. Acompanhado de uma super banda, ele fez show elegante e dançante.2º lugar: Madeleine Peyroux. A opção pelo intimismo despiu o show de grandiosidade e entregou delicadeza e charme.3º lugar: PJ Harvey. Ela cantou o velório do mundo, exibindo as cicatrizes de uma sociedade decadente.

PEDRO ANTUNES, Repórter do 'Caderno 2'1º lugar: Sigur Rós. Se entendêssemos islandês ou a língua inventada pela banda, o impacto seria outro. Menor.2º lugar:  U2. O que a banda mostrou ao reeditar 'The Joshua Tree'depois de 30 anos é que o mundo segue igual.3º lugar: PJ Harvey. No teatro, foi jogo ganho. No Popload Festival, debaixo de sol quente? Foi mágico.

EXPOSIÇÕES

1º lugar: Robert Frank2º lugar: Di Cavalcanti / Histórias da Sexualidade / Levantes / Nelson Felix 3º lugar: Anita Malfatti / Véio

Série 'Os Americanos', de Robert Frank, em cartaz no IMS até 30/12. Foto: Robert Frank

ANTONIO GONÇALVES FILHO, Editor do 'Aliás'1º lugar: Histórias da Sexualidade. Num ano turbulento para museus, reuniu grandes nomes, de Renoir a Francis Bacon.2º lugar: Robert Frank. Reunião de 83 trabalhos do mítico fotógrafo suíço que melhor retratou a América dos excluídos.3º lugar: Rubem Ludolf. Tributo a um dos maiores construtivistas do País, revisando sua obra desde 1950.

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JÚLIA CORRÊA, Repórter do 'Divirta-se'1º lugar: Di Cavalcanti. Em retrospectiva, o olhar visionário daquele que soube tão bem retratar nossa diversidade.2º lugar: Anita Malfatti: 100 Anos de Arte Moderna. Boa chance para elucidar todo o impacto do pioneirismo da artista.3º lugar: Robert Frank. O primor da técnica e o olhar perspicaz do fotógrafo para uma América em transformação.

RAFAEL VOGT MAIA ROSA, Curador e crítico de arte1º lugar: Levantes. Arte como olho da história e do espírito. O curador como pensador, através de achados e ensaios abertos.2º lugar: Robert Frank. A técnica que a América não tinha. Uma exposição única em todos os sentidos.3º lugar: Invenções da Mulher Moderna, Para Além de Anita e Tarsila. Um pouco de nossa melhor arte experimental.

RODRIGO NAVES, Crítico e curador de arte1º lugar: Nelson Felix. Um dos maiores artistas brasileiros, numa exposição de peso na Galeria e no Anexo Millan.2º lugar: Véio - De Surpresa no Mundo. Cícero Alves dos Santos é a maior revelação da arte brasileira dos últimos tempos.3º lugar: Francisco de Goya. As gravuras são um ponto alto desse grande pintor. Contudo, já foram vistas muitas vezes.

FILMES NACIONAIS

1º lugar: No Intenso Agora2º lugar: Bingo / Era o Hotel Cambridge3º lugar: Corpo Elétrico

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'No Intenso Agora' foi produzido inteiramente com imagens de arquivo. Foto: VideoFilmes

ANDRÉ CARMONA, Repórter do 'Divirta-se'1º lugar: No Intenso Agora. Em tempos políticos sombrios, João Moreira Salles expõe, sensivelmente, que só sonhar não basta.2º lugar: Bingo - O Rei das Manhãs. Irreverente e impiedoso. O ator Vladimir Brichta elevou seu status com o papel de Bozo.3º lugar: Divinas Divas. O filme de Leandra Leal é uma afronta purpurinada à homofobia e uma ode à arte.

LUIZ CARLOS MERTEN, Crítico do 'Caderno 2'1º lugar: Corpo Elétrico. O mítico 'Saída da Fábrica', o filme fundador do cinema, acrescido de temática LGBT.2º lugar: Era o Hotel Cambridge. Um apaixonante filme sobre os sem-teto. Estético e político.3º lugar: No Intenso Agora. A euforia da revolução transformada em melancolia. O sonho (não) acabou.

LUIZ ZANIN ORICCHIO, Crítico do 'Caderno 2'1º lugar: Era o Hotel Cambridge. A diretora inova ao fazer integrantes de uma ocupação interpretarem a si mesmos.2º lugar: No Intenso Agora. O diretor revisita antigas filmagens para refletir sobre o que fazer depois do ápice da existência.3º lugar: Martírio. Comovente, incontornável, político, o filme denuncia o genocídio dos guaranis-caiovás.

NATHAN FERNANDES, Editor da revista 'Galileu'1º lugar: Bingo - O Rei das Manhãs. Quem esperaria que o lado pesado dos anos 1980 seria tão bem representado por um palhaço.2º lugar: On Yoga: Arquitetura da Paz. Uma excelente oportunidade para conhecer a tradição indiana (e você mesmo).3º lugar: Corpo Elétrico. O proletariado LGBT recebe destaque, e o público ganha uma narrativa original.

FILMES INTERNACIONAIS

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1º lugar: PATERSON / MÃE!2º lugar: DUNKIRK3º lugar: BLADE RUNNER 2049

Em 'Paterson', o diretor Jim Jarmusch encantou com um drama sensível. Foto: Mary Cybulski

LUIZ CARLOS MERTEN, Crítico do 'Caderno 2'1º lugar: Dunkirk. O filme de Christopher Nolan mostra o intimismo na guerra - e também a grandeza dos derrotados.2º lugar: Paterson. As pequenas vidas e a poesia do cotidiano são mostradas no longa. Com um extraordinário Adam Driver.3º lugar: Além das Palavras. É possível filmar a poesia? No longa, a solidão da artista Emily Dickinson.

LUIZ ZANIN ORICCHIO, Crítico do 'Caderno 2'1º lugar: Paterson. O minimalismo poético de Jarmusch na história do motorista de ônibus que escreve nas horas vagas.2º lugar: Na Praia à Noite Sozinha. O intimismo 'Nouvelle Vague' do diretor na história da atriz que retorna ao seu país.3º lugar: Últimos Dias em Havana. Diretor conta com maestria a história de dois amigos na capital cubana.

MICHELE ALVES, Repórter da revista 'Preview'1º lugar: Mãe!. O filme é uma piada doente, uma advertência urgente e um grito de insanidade, que não veio para agradar ao público.2º lugar: Manifesto. Camaleônica, Cate Blanchett dá um show de atuação no filme mais apaixonante de sua carreira.3º lugar: Your Name. Filme lindamente animado e com emoção. Outra pérola na carreira do diretor Makoto Shinkai.

NATHAN FERNANDES, Editor da revista 'Galileu'1º lugar: Blade Runner 2049. Ressuscitar um clássico nem sempre é glorioso. A menos que você seja Denis Villeneuve.2º lugar: Mãe!. O ano termina sem ninguém saber se 'Mãe!' é um filme bom ou ruim. Já vale a segunda colocação só pela dúvida.3º lugar: Dunkirk. Nolan pega o espectador pelo pescoço e o afoga numa das melhores experiências do ano.

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TEATRO

1º lugar: Boca de Ouro2º lugar: Grande Sertão Veredas / Preto3º lugar: O Rei da Vela

'Boca de Ouro', de Nelson Rodrigues, ganhou montagem de Gabriel Villela. Foto: João Caldas

CELSO CURI, Produtor cultural e crítico de teatro1º lugar: O Rei da Vela. A atuação de Borghi é excepcional. A atualidade do texto assusta, e a encenação é forte e contemporânea.2º lugar: Preto. Expõe, de forma contundente, questões atuais, com linguagem envolvente. Grace Passô está estonteante.3º lugar: Ocupação Rio Diversidade. Solos escritos por talentosos dramaturgos, com atuações marcantes.

GABRIELA MELLÃO, Crítica, autora e diretora de teatro1º lugar: Grande Sertão Veredas. Volume, cor, cheiro e afeto no sertão de Guimarães Rosa, em uma viagem de sentidos.2º lugar: Boca de Ouro. Encenação, atuação, música, luz, figurino - tudo reluz e é ouro em peça emblemática da obra de Villela.3º lugar: Tchékhov É um Cogumelo. Quebra-cabeça do tempo, composto por quadros vivos de rara intensidade.

JÚLIA CORRÊA, Repórter do 'Divirta-se'1º lugar: Boca de Ouro. O talento do elenco, na gafieira cheia de vida e cores de Villela, faz jus à sagacidade do texto de Nelson.2º lugar: Carmen. Natalia Gonsales brilha em cena na adaptação vibrante e atual de Baskerville para o clássico francês.3º lugar: Kiev. Alvim acerta ao dispensar proselitismo no retrato de dramas privados do totalitarismo soviético.

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MARIA EUGÊNIA DE MENEZES, Jornalista e crítica de teatro1º lugar: Boca de Ouro. O diretor Gabriel Villela mostra sua potência máxima com Nelson Rodrigues.2º lugar: Preto. A assombrosa peça da Companhia Brasileira de Teatro, o mais maduro e significativo grupo do País.3º lugar: Grande Sertão Veredas. Todas as cores de Guimarães Rosa surgem no palco negro de Bia Lessa.

 Foto: Roberto Ramos

TEATRO INFANTIL

1º lugar: Kazuki e a Misteriosa Naomi2º lugar: Alice no País do Iê Iê Iê / Buda / Pescadora de Ilusão3º lugar: Gagá / Rouxinol e o Imperador Chinês / Space Invaders

DANIELA TÓFOLI, Diretora de grupo da revista 'Crescer'1º lugar: Buda. Produção impecável, cenário deslumbrante, trilha sonora de arrepiar e atuações contundentes.2º lugar: Gagá. Brilha ao falar com sensibilidade sobre um tema distante para as crianças: a solidão da terceira idade.3º lugar: Grandes Verdades num Copo Cheio de Vento. O texto torna a peça especial e, o tempo todo, o clima é de magia.

DIB CARNEIRO NETO, Editor e crítico do site 'Pecinha É a Vovozinha!'1º lugar: Pescadora de Ilusão. Lindo tributo a Clarice Lispector, valorizando seu jeito brincalhão de ser mãe e artista.2º lugar: Kazuki e a Misteriosa Naomi. Nada como uma história bem contada, com lances de humor e romantismo.3º lugar: O Dragão de Fogo. Sensível tradução cênica de fábula oriental. Incrível estudo de narrativas populares.

LINA BROCHMANN, Fundadora do site 'bora.aí'1º lugar: Alice no País do Iê Iê Iê. Divertido, bem produzido, fala de bullying e da importância do incentivo dos pais.2º lugar: Rouxinol e o Imperador Chinês. Adaptação original, poética e única do conto de Hans Christian Andersen.3º lugar: Mônica contra o Capitão Feio. Lúdico e divertido, emociona os fãs (de todas as idades) da turminha.

RODRIGOH BUENO, Curador da Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA)1º lugar: Kazuki e a Misteriosa Naomi. Harmonia entre dramaturgia, direção, iluminação e elenco. Sensível e envolvente.2º lugar: Space Invaders. O espetáculo juvenil trata este público com respeito, modernidade e muita qualidade artística.3º lugar: Canções para Pequenos Ouvidos. Faz jus à definição de 'para todas as idades'. Divertido e inteligente.

GASTRONOMIA

1º lugar: Evvai2º lugar: Piccolo 3º lugar: Tangará Jean-Georges

Ambiente do Evvai ( Foto: Tadeu Brunelli)

BEATRIZ MARQUES, Redatora-chefe da 'Revista Menu'1º lugar: Tangará Jean-Georges. O chef francês trouxe sua grife, executada com extrema competência pela equipe brasileira.2º lugar: Evvai. Delicadeza, criatividade e técnica apurada fazem parte da receita de sucesso, uma das boas surpresas do ano.3º lugar: Fitó. Um ótimo representante da cozinha nordestina na cidade, com pratos acolhedores e preços amigáveis.

LUCINÉIA NUNES, Repórter do Divirta-se1º lugar: Evvai. Ótimo voo solo do chef Luiz Filipe Souza, que faz uma comida moderna, com técnica e apresentação criativa2º lugar: Loup. Em salões elegantes, serve uma comida deliciosa, com várias opções para compartilhar à mesa.3º lugar: Tangará Jean-Georges. Cozinha primorosa, afinada, com pratos cheios de sabor. Mas a preços proibitivos.

PATRÍCIA FERRAZ, Editora do 'Paladar'1º lugar: Piccolo. Ótima comida, bons preços, lugar pra lá de simpático. Bem-vindo ao filhote do Più.2º lugar: Bráz Elettrica. Grande sacada, ótima pizza. Tão legal que quebrou a regra de que paulistano só come pizza à noite.3º lugar: Tangará Jean-Georges. A comida é espetacular, mas o serviço não faz jus à comida nem aos altos preços!

ROSA MORAES, Diretora de Gastronomia da Laureate1º lugar: Piccolo. Para o jantar, o menu-degustação é excelente, com grande delicadeza e criatividade no uso dos vegetais.2º lugar: Evvai. Cozinha autoral de um novo talento. Ele sabe aliar técnica, criatividade, beleza e o mais importante.... sabor.3º lugar: Bráz Elettrica. Os caras sabem como fazer pizza e unir o clima cool nova-iorquino ao vibrante de Pinheiros.

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