Projetado por Francisco Aguiar para representar o Brasil na Exposição Universal de Saint Louis, em 1904, o suntuoso Palácio Monroe simbolizou a modernização do País durante a República Velha. Na Era Vargas, o edifício de estilo eclético, localizado no centro do Rio, chegou a abrigar o Senado Federal. Mas a própria ideia de reestruturação que uma vez representou o fez também sucumbir.
Em Crônica da Demolição, o diretor Eduardo Ades investiga os jogos de poder que decretaram a derrubada do antigo monumento em 1975, já na ditadura militar. Entre eles, a força da especulação imobiliária e o desprezo de modernistas, como o arquiteto Lúcio Costa, em relação a estilos arquitetônicos considerados 'não brasileiros'. Com 20 entrevistados, entre urbanistas e políticos, o documentário abre debate sobre a conservação patrimonial no Brasil.
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