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'Cemitério do Esplendor' é drama místico e fantástico

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Por Rafael Sousa Muniz de Abreu
Atualização:
 Foto: divulgação.

De nome quase impronunciável para os brasileiros, o tailandês Apichatpong Weerasethakul já é uma espécie de marca cult. Seus longas são cheios de misticismo, de espíritos a reencarnações, e se desenvolvem num ritmo lento, quase parado para alguns. Em Cemitério do Esplendor, a estética contemporânea de uma filmografia geralmente contemplada pelos festivais de cinema mais influentes se faz presente outra vez - o longa em questão foi indicado ao prêmio Un Certain Regard, em Cannes, em 2015.

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A trama, aqui, se passa numa cidadezinha da Tailândia rodeada por árvores e com uma rotina pacata. No lugar, uma série de soldados sofre de uma doença tão estranha quanto incurável: os homens passam dias dormindo, e só alguns conseguem ficar brevemente acordados, incapazes de se mexer. Voluntária na escola abandonada onde eles são tratados, Jenjira (Jenjira Pongpas), uma dona de casa casada com um militar americano, fica intrigada com o soldado Itt (Banlop Lomnoi). Ele se comunica com ela por meio da jovem vidente Keng (Jarinpattra Rueangram), que se lembra das vidas passadas dos pacientes e também desenvolve uma amizade com ela.

Apesar do tom misterioso, a história filmada por Weerasethakul tem menos a ver com o gênero do suspense ou da fantasia do que com uma experiência contemplativa de significado ambíguo. Com planos fixos e abertos, a narrativa se move por sutilezas, em vez de episódios dramáticos.

 

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