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'Campo de Jogo' aborda campeonato de futebol entre favelas cariocas

Por Rafael Sousa Muniz de Abreu
Atualização:

Campo de Jogo, documentário de Eryk Rocha, chegou em timing mais adequado quando foi exibido na Mostra de Cinema de São Paulo, em 2014. Em ano de Copa do Mundo, o cineasta, filho dos diretores Glauber Rocha e Paula Gaitán, trazia um longa em que o Maracanã funcionava como uma espécie de nota de rodapé que contextualizava as imagens.

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O assunto do filme é um campeonato de futebol popular no Rio. No torneio anual, 14 favelas são representadas, cada uma com seu time. Em foco, está a disputa final, entre o Juventude, equipe da favela do Sampaio, e o Geração, time da favela da Matriz.

A partida é realizada perto do Maracanã, mas as diferenças entre a Copa do Mundo e a copa das comunidades não poderiam ser maiores. O campo é de chão batido e o público fica nas bordas, torcendo pertinho; câmeras profissionais, só as do filme.

A visão de Eryk Rocha é igualmente distinta. O documentário não se baseia em depoimentos. Também não recorre a legendas explicativas, a não ser a que apresenta o contexto da partida. Em vez disso, a câmera se volta para as equipes que vibram com o técnico antes do jogo ou para os rostos dos jogadores, às vezes filmados bem de perto, num longa com alguma carga poética e política, pelo contraste que firma com o torneio da Fifa.

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