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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

VOILÀ, LA SAMBA

Por Sonia Racy
Atualização:

 

 Foto: Paulo Giandalia/Estadão

Valérie Trierweiler, primeira-dama francesa, visitou, na manhã de ontem, a favela de Vila Prudente, em SP. Ao chegar à comunidade - em um elegante vestido Dior -, foi recebida com buquê de flores de papel feito pelas crianças da ONG Arca do Saber, que, entre seus trabalhos, oferece aulas de francês para crianças de 6 a 15 anos. Ali, Valérie, entregou, pessoalmente, três certificados da língua francesa para professoras, brincando ao dizer: "Eu mesma não tenho diploma".

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Ainda na ONG, foi "sabatinada" pelas crianças, que queriam saber sua profissão e idade - uma chegou a arriscar 24 anos, arrancando risos da primeira-dama. Papéis invertidos, Valérie assumiu seu lado jornalista (mesmo na atual posição, ela decidiu não abandonar a carreira) e fez perguntas. Perguntou se todos sabiam o nome da presidente do País. A resposta veio em coro: "Dilmaaaa". Além das aulas, assistiu a um ensaio de capoeira e, ao fim do tour, foi puxada pelas crianças para arriscar passos de samba, ao som ritmado de um pandeiro e um berimbau.

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Em conversa exclusiva com a coluna, a primeira- dama afirmou que deixa o Brasil com uma imagem otimista: "Eu mesma não nasci em um bairro favorecido. Não era uma favela, claro, mas acho importante dizer a essas crianças que tudo é possível, para elas nunca desistirem". Indagada sobre o que achava de a presidente ser uma mulher, afirmou: "É um modelo para nós. Na França, que é um dos países mais democráticos do mundo, isso nunca aconteceu. Aliás, há pouquíssimas mulheres presidentes no mundo todo. Importante dizer que Dilma não é qualquer mulher, mas alguém que soube construir uma carreira política sólida".

Ainda na Vila Prudente, conheceu Pai Assis - padre cabo-verdiano, que lidera a igreja local. E mostrou, mais uma vez, que não perdeu a verve jornalística ao pedir para entrar na casa de uma das moradoras da favela. E indagou quantos moravam ali. Para finalizar, experimentou cuscuz feito pelas cozinheiras da associação./MARILIA NEUSTEIN

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