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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

'Velho Chico' valoriza as origens e deixa marcas no Nordeste

Por Sonia Racy
Atualização:

 

FOTO NILO LIMA 

Depois de arrancar elogios como Santo - na primeira fase da novela O Velho Chico - Renato Góes agora se prepara para encarar o músico Marcelo D2 no longa Anjos da Lapa, de Johnny Araújo. O ator e galã pernambucano conversou com a coluna sobre o futuro e os frutos que está colhendo da novela.

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Como foi ser protagonista de uma novela com um projeto artístico tão sofisticado? Foi um processo de colher os frutos. Sou pernambucano e, como muitos atores, optei por viver longe da família para tentar trabalhar no eixo Rio-SP. O Velho Chico foi um presente para que eu pudesse provar a mim mesmo que amadureci.

O sucesso da novela - em comparação com a anterior - está sendo atribuído ao fato de que o público não quer ver a realidade de hoje retratada na tela também. Concorda com essa avaliação? Eu acho que de certa forma é um respiro. Está tudo tão louco e O Velho Chico traz essa reconexão com a terra, com a origem. Esses personagens, fotografia, cenário, tudo reflete muito amor. Foi um abraço que as pessoas deram ao Benedito Ruy Barbosa e ao Luiz Fernando Carvalho nesse momento do Brasil e nesse momento vivido pelo nosso povo.

E muitos atores relataram a imersão intensa nas locações, com a população local. Sim. Foram dois meses mágicos. Em todos os lugares nos receberam de braços abertos. Víamos pessoas cada vez mais felizes. Eles sentiram uma tristeza e uma nostalgia com nossa partida. Foi uma alegria muito grande ter plantado uma pouco de conexão e esperança.

Como está sendo a preparação para viver Marcelo D2? Estou muito empolgado. Levando como um grande desafio. Tenho que trabalhar sotaque, corpo, colocação. Mas o filme não é sobre ele e sim sobre a amizade que originou o Planet Hemp.

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O que acha do momento político do País? Tem acompanhado? Acho muito delicado. Achei a votação do impeachment um grande circo, com muita gente despreparada em um lugar tão importante. Tento não expor minha opinião, mas penso que tem que haver garra para seguir com a democracia e continuar, se houver impeachment tem que sair todo mundo. / MARILIA NEUSTEIN

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