Sonia Racy
17 de janeiro de 2020 | 10h33
RIO DOCE APÓS A TRAGÉDIA DE MARIANA. FOTO: GABRIELA BILÓ/ESTADÃO
Uma equipe de técnicos e acadêmicos da Unesco desembarca dia 23 no Brasil para analisar toda a área do entorno do Rio Doce, em Minas Gerais, afetada em 2015 pelo rompimento de uma barragem próximo a Mariana. No episódio morreram 19 pessoas e foram liberados, no meio ambiente, aproximadamente 50 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos.
A tarefa dos técnicos consiste, basicamente, em “identificar a interação entre elementos naturais e socioculturais ao longo da bacia”, segundo informa a Fundação Renova, que fez com a Unesco um acordo de cooperação. A missão se estenderá até a foz do rio, em Regência, no Espírito Santo, onde a equipe atuará até 6 de fevereiro.
A ação abrangerá territórios em um raio de até 15 quilômetros do rio e incluirá cerca de 70 entrevistas com os moradores das comunidades da área afetada. Segundo a analista Silvia Paquet, da Renova, “identificaremos como os territórios são vistos no presente, no passado e no futuro pelas comunidades impactadas, a partir de suas próprias narrativas e da participação coletiva”.
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