Um levantamento inédito do Transparência Partidária revela que o TSE tem pela frente, para julgar, uma montanha de 1.137.893 páginas de prestações de contas dos 35 partidos políticos. É a soma de todas as atividades partidárias durante cinco anos de atividade -- 2012 a 2016.
Para discutir uma forma de liquidar esses atrasos no novo Sistema de Prestação de Contas Anuais, que é digital, o coordenador do MTP, Marcelo Issa,e líderes de outros movimentos ligados à transparência estão fazendo contatos com ministros, procuradores e políticos em Brasília. "Trata-se de dados sem padronização nem detalhamento das operações", resume Issa à coluna.
Detalhe: os crimes eventualmente detectados prescrevem cinco anos depois de ocorrerem. Como exemplo: as contas partidárias de 2011 foram avaliadas "no laço" no final de 2017, com ajuda do TCU, antes que ficassem prescritas.
O MTP defende rapidez no processo para que os dados sejam postos ao alcance dos 140 milhões de eleitores brasileiros. O pedido ganha importância, diz ele, "já que os partidos receberão este ano um volume recorde de dinheiro, cerca de R$ 3 bilhões, via Fundo Eleitoral e Fundo Partidário.