Redação
27 de fevereiro de 2009 | 06h00
É consenso, entre meios jurídicos de Brasília, que a obtenção de asilo nos EUA pelo lutador cubano Gustavo Rigondeaux torna mais reduzidas as chances de Cesare Battisti de ganhar, no STF, o direito a ficar no Brasil como refugiado político.
Para esses juristas, a fuga de Rigondeaux deixa evidente que o governo – digamos assim – não disse a verdade, ao informar que os dois lutadores cubanos recusaram o asilo e pediram para voltar a Cuba, assim que desertaram no Brasil em 2008.
Para alguns ministros, isso soa como agravante. Pois já existe, por lá, a avaliação de que o ministro Tarso Genro “avançou o sinal” no modo como deu refúgio ao italiano, fazendo um ‘rejulgamento” do caso. O entendimento é que o Executivo pode muito, mas não pode tudo. Não pode, por exemplo, decidir nada que seja contra a lei.
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