A proposta de repetir a dose da regularização de capitais de brasileiros no exterior a partir do ano que vem -- confirmada no final da tarde de ontem -- começou a ser discutida assim que o governo percebeu que o texto alterado, defendido por Rodrigo Maia, não iria para frente.
A novidade, nesta nova investida, é que a decisão virá acompanhada de cobrança maior, tanto do imposto como da multa. Trata-se de uma forma de justificar a ação publicamente.
Repetir
O fato é que, apesar do grande sucesso da operação, o governo esperava uma arrecadação maior. Pelo que se apurou entre banqueiros, muita gente acabou ficando de fora - ou por falta de tempo ou porque não se enquadrava nas especificações.
Estimavam-se US$ 400 bilhões em mãos de brasileiros lá fora. Foram declarados somente R$ 169,9 bilhões. Um gap e tanto entre os dois números.
O pai da ideia
Pelo mercado, na sexta-feira, houve quem lembrasse quefoi Joaquim Levy, ministro da Fazenda em 2015, o arquiteto do projeto de regularização dos capitais externos.
À época, todos apostavam que seria um fracasso.