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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Rali dos Sertões instalará unidades de teleatendimento médico para moradores de área do percurso

Por Sonia Racy
Atualização:

Joaquim Monteiro. Foto: Haroldo Nogueira

Desde 2013, é tradição da equipe responsável pela organização do Sertões - maior rali das Américas e segundo maior do mundo - levar ajuda médica a quem precisa no trajeto percorrido pela disputa.

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Este ano, em função da pandemia - pensou-se, inclusive, em cancelar a prova, segundo seu dirigente, Joaquim Monteiro de Carvalho - a equipe da corrida resolveu manter o evento e fez diferente: decidiu ampliar sua assistência de saúde e nada menos que 16 especialidades médicas chegarão a locais desassistidos por meio da telemedicina moderna.

Em parceria com o SAS Brasil - grupo liderado pela médica emergencista Adriana Mallet - a organização está instalando cinco unidades de teleatendimento no percurso traçado. Cada um destes contêineres contará com uma cabine ampla e acesso à internet.

As cinco primeiras unidades serão instaladas em comunidades com menos de 30 mil pessoas e IDH menor que 0,7. "Elas permanecerão atendendo por um ano", informa Monteiro de Carvalho, estimando 500 teleatendimentos por mês após o término da competição.

Cestas básicas também serão distribuídas ao longo da prova. "O Sebrae mapeou os pequenos produtores locais, de quem vamos comprar os produtos, e a União BR cruzou dados e mapeou as famílias em estado de vulnerabilidade que ganharão a cesta", diz.

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Serão cerca de 1500 pessoas trabalhando na 29ª edição do rali, "uma redução de 20% em comparação ao ano passado", explica o empresário. O numero de pilotos permanece o mesmo de 2019, pouco mais de 300 inscritos.

Em tempos de eventos "congelados" por causa da pandemia, como é colocar de pé uma corrida deste tamanho? "A Mitsubishi nos patrocina há 17 anos, a Honda há nove anos e entraram outros patrocinadores", contabiliza Monteiro. Entre eles, a Líder Taxi Aéreo e a francesa Motul.

E como garantir a saúde de todos os participantes em tempos de covid-19? Segundo o empresário, o rali se deslocará em sistema de bolha, "largamos do meio do nada e chegamos a lugar nenhum", diferente dos moldes dos últimos 28 anos, quando a forma era a de cidade em cidade.

 As Vilas Sertões serão montadas em locais isolados, com acesso restrito apenas aos credenciados testados com exame PCR. Equipes, competidores, staff, corpo médico e imprensa ficarão concentrados dentro dessas "bolhas", em acampamentos e motorhomes.

O Sertões, criado pelo empresário Marcos Moraes, parte dia 30, de São Paulo, e percorre 5 mil km até Barreirinhas, nos Lençóis Maranhenses. Aviso: quem desrespeitar o isolamento estabelecido está fora da competição

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