O primeiro Peninsula Hotel abriu suas portas em Hong Kong há 86 anos com intuito de atrair turistas europeus sofisticados. Acabou se tornando um marco obrigatório no Oriente é só neste século começou a expandir-se. Peter Borer, dirigente do complexo hoteleiro, que atua desde a China a Paris e Nova York, trabalha no grupo há mais de 50 anos. E está em São Paulo levantando dados para, talvez, abrir uma unidade por aqui.
O que o trouxe a São Paulo?
O Brasil tem um grande mercado e para nós é muito importante vir e sentir como os negócios se desenvolvem e achar a melhor forma de atender aos brasileiros lá fora. Por exemplo: percebemos que eles gostam de viajar em família.
Vocês pensam em montar um hotel no Brasil?
Imediatamente, ainda não. Mas é uma possibilidade real.
O Brasil passa por uma crise econômica. Isso pode postergar a vinda da operação?
Não. Somos uma companhia que planeja muito. Fazemos isso por gerações e gerações e sabemos que o mercado oscila em momentos bons e outros não tão bons. E nos preparamos para enfrentar juntos.
Em luxo, o que diferencia o Peninsula dos outros hotéis?
Primeiro, a tradição. Somos os mais antigos da Ásia. O primeiro hotel é de 1928, em Hong Kong. Também fomos os primeiros a oferecer serviços como helicópteros e Rolls Royce - coisa copiada no restante do mundo. E hoje usamos a tecnologia para continuar oferecendo os melhores serviços, em diversas línguas, inclusive o português.
Vocês são especialistas em Ásia, depois foram ao mercado americano. Por que só no ano passado chegaram a Paris?
Porque nós esperamos para ter a melhor localização. E isso demanda tempo, às vezes décadas. Nós não temos pressa. Não queremos ser o maior, mas o melhor.
Quais exigências fazem os hóspedes de hoje?
Oferecemos luxo e hospitalidade e as outras necessidades são customizadas. A tecnologia integra e aproxima, mas o compromisso de atender o hóspede dentro do que ele busca é o que importa. Eles continuam buscando conforto, segurança, excelente comida, boa cadeira para sentar, enfim serviços de alto luxo. Isso não muda!