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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Projeto de vida

Por Sonia Racy
Atualização:

 Foto: Luciana Prezia/Estadão

Aos 81 anos, Luiz Suplicy Hafers assumiu um compromisso: transformar o Museu da Imigração, no Brás, em espaço de cultura e desenvolvimento social. Presidente do conselho da casa, - e lutando contra um câncer na garganta -, ele falou à coluna sobre seu mais novo desafio.

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Quando o Museu da Imigração será reaberto?

É uma boa pergunta. Trabalhamos para abri-lo, parcialmente, em junho de 2014. Temos uma boa equipe, apoio da Secretaria Estadual de Cultura - e o secretário, Marcelo Araujo, está muito irritado com a demora. Porém, quando assumimos, o museu já estava em reforma, nós a herdamos. E como toda reforma, é um problema. Imagine: fizeram o plano de recuperação do prédio sem a parte elétrica. Tiveram de quebrar tudo de novo. É dinheiro público e eu estou, claro, preocupado.

O que esperar do novo museu?

Ao término das obras, ele terá uma nova exposição de longa duração, espaço para mostras temporárias, auditório, biblioteca e centro de referência e pesquisa. Será um lugar em que as pessoas vão se encontrar com elas mesmas. A imigração é uma constante na vida de São Paulo e do Brasil. E essa história precisa ser recontada, porque é a busca das nossas identidades. Quero ver esse museu chamando as pessoas. Museus não são depósitos de trastes. Aliás, quando me convidaram para presidir o conselho, achei que queriam me colocar em exposição (risos). Museus têm de ser instigadores do conhecimento. Porque, quanto mais você conhece, mais tolerante se torna - e a tolerância é a base para uma sociedade saudável.

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Ver o museu funcionando é seu objetivo de vida agora?

Vai me deixar muito feliz. Até porque o objetivo da vida da gente é ser feliz - pelo menos sempre foi o meu. Claro que os objetivos mudam. Quando eu tinha 20 anos, uma Ferrari era muito importante para a minha felicidade. Hoje... acho graça. Mas ainda queria ter uma Ferrari. /DANIEL JAPIASSU

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