Sonia Racy
09 de maio de 2019 | 00h55
RUBEM NOVAES. FOTO: MARCOS CORRÊA/PR
Há pelo menos um adepto da inclusão, no programa de privatização de Bolsonaro, de processo de transferência gratuita de ações de estatais para pessoas portadoras de CPF – ideia publicada ontem pela coluna: Rubem Novaes, presidente do BB, que defende a medida desde… 2015.
Tanto assim que no dia 30 de janeiro de 2015 o Fórum Estadão publicou sintética proposta sua de privatização na qual, entre outras, Novaes declara ter “chegado a hora de promover a privatização da empresa, transferindo, gratuitamente, todas as ações do setor público para o povo brasileiro, com base nos CPFs ativos”.
A seu ver, com o correr do tempo o mercado “se encarregaria de definir uma nova estrutura de controle, livre da ingerência e ganância dos governantes de plantão.”
Além de Luciana Gimenez e Ratinho, o governo Bolsonaro está contando, para defender a reforma da Previdência em TVs e rádios, com Ana Hickmann, Milton Neves, Datena, Marcelo de Carvalho, Renata Alves e apresentadores regionais.
As peças vão ao ar, no máximo, em 10 dias.
A prisão de Laurence Casagrande, ex-Dersa, já havia sido rechaçada pelo STF, que deu liminar para soltá-lo, e pelo TRF-2, que deferiu habeas corpus trocando a prisão por medidas cautelares. Anteontem foi a vez de o STJ conceder HC para revogar as cautelares. Ou seja, de agora em diante Laurence não tem mais nenhuma restrição judicial.
Gianpaolo Smanio, procurador-geral de Justiça de SP, fez, nas últimas 48 horas, um corpo a corpo, em Brasília, com lideranças e políticos, para defender, na reforma da Previdência, o que chama de “contrato competitivo” na área do Ministério Público. Segundo contou à coluna, não há como atrair talentos sem oferecer, por exemplo, aposentadorias seguras.
Papel zero é o novo lema de Doria. Em reunião com 170 prefeitos, ontem, o governador e o secretário Marco Vinholi assinaram digitalmente autorização, usando um tablet, para repasses de… R$ 30 milhões a municípios.
O Itamaraty envia em breve, a Bolsonaro, proposta de criação do Instituto Guimarães Rosa. Cuja meta central será divulgar a produção literária brasileira no exterior.
A escolha do diplomata e escritor, avisa Ernesto Araújo, sugere que a diplomacia “é um projeto literário no mais alto sentido”.
E depois de o ministro da Educação, Abraham Weintraub, confundir o escritor Franz Kafka com o prato libanês kafta, dezenas de receitas deste último foram compartilhadas nas redes sociais.
O site Panelinha, de Rita Lobo, por exemplo, teve sua receita compartilhada por 250 pessoas e mais de mil curtidas.
Leia mais notas da coluna:
+ Prefeitura pede à Câmara alteração na lei para promover as privatizações
+ Distribuir ações a contribuintes, uma ideia para agilizar desestatizações
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