Às vésperas do fim do ano, Haddad recebeu, em seu gabinete, seis lideranças dos dependentes da cracolândia. Pedida pelo prefeito, a longa conversa tinha como objetivo esclarecer detalhes do novo projeto para a região - cuja principal característica, oferecer empregos, foi uma demanda dos próprios usuários de crack.
Mas foi além. Os dependentes começaram a contar a história de suas vidas (a maioria é formada por ex-presidiários), desde o primeiro encontro com o crack até pararem na cracolândia.
Para elaborar o programa, Haddad passou a fazer visitar semanais à região, ao lado de seu secretário de Segurança Urbana, Roberto Porto. Com o intuito de ouvir as necessidades dos que vivem ali.
Porta aberta 2
A expectativa da Prefeitura é implantar o plano até o fim do mês. Cerca de 400 usuários começarão a trabalhar em serviços de zeladoria, como a varrição de parques da cidade. As empresas já estão organizando os locais e preparando os uniformes.
Serão quatro horas de trabalho e duas de qualificação profissional e assistência de saúde. Receberão R$ 15 por dia.