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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Poderio feminino

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Por Sonia Racy
Atualização:

 Foto: Marina Malheiros/Estadão

Em SP para homenagear Vik Muniz, Tina Brown, criadora do Women in the World Summit fez as vezes de mediadora, anteontem na Casa Fasano, em bate-papo do artista com grupo de convidados. Pela segunda vez no País (veio em 2012 para o Women in the World Brazil), a jornalista britânica de 60 anos conversou com a coluna sobre a luta das mulheres no mundo empresarial, imprensa, a biografia de Lady Di e seu livro de memórias.

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Ainda há muito sexismo no meio empresarial?

Muito e não apenas na mídia. Ainda temos um longo caminho pela frente. Por exemplo, as mulheres são 38% dos funcionários das empresas jornalísticas, média que não se altera há 14 anos. E não importa o que digam, juventude e beleza sempre fazem diferença. De qualquer forma, nos EUA as mulheres têm alcançado postos altos - casos da executiva-chefe da NBC e da editora-chefe do The New York Times.

Que brasileiras você gostaria de ver em um dos próximos Women in the World Summit?

A presidente Dilma Rousseff, a ministra Eleonora Menicucci e a presidente da Petrobrás, Graça Foster. (Este ano, o Summit acontecerá em abril no Lincoln Center, em NY)

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O que acha de os meios digitais tomarem espaço dos meios impressos tradicionais?

Adoro a pluralidade permitida pela coexistência dos dois. Minha única preocupação é a qualidade da mídia digital, que não consegue financiar o jornalismo investigativo. Espero que isso mude quando as empresas começarem a fazer mais dinheiro com anúncios no meio digital.

Como foi escrever uma biografia polêmica de Lady Di?

Eu conhecia Diana, mas não era íntima. Escrever o livro foi uma maneira incrível de desvendar o sistema social da monarquia britânica nos anos 80. Fiz mais de 250 entrevistas com pessoas do círculo de amizades de Diana e creio que produzi um retrato verdadeiro de uma mulher brilhante, mas muito conturbada.

Você está trabalhando em um livro de memórias agora?

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Sim, vai se chamar Media Beast. Vou falar sobre minha experiência editando as revistas Tatler, Vanity Fair e The New Yorker. /DANIEL JAPIASSU

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