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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Pets, os novos colegas de escritório dos paulistanos

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Por Paula Bonelli
Atualização:

Pedro Albuquerque com a cachorra Ava na empresa. Foto: Felipe Rau

Quando abriu a empresa TC, antes chamada de Traders Club, Pedro Albuquerque passou a levar seu cachorro Batman para o escritório, em uma casa no bairro Cidade Jardim, em São Paulo. Alguns poucos colaboradores começaram, então, a imitar o chefe. Quatro anos depois a startup de educação financeira cresceu, a sede mudou para um edifício numa travessa da Avenida Faria Lima, e houve um boom de funcionários indo trabalhar com os animais de estimação. "Aqui num dia movimentado às vezes tem 50 cachorros. Já trouxeram gatos também", conta ele, que hoje tem dois buldogues franceses.

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O espaço teve que ser adaptado para dar conta do vai e vem dos seres de quatro patas. Há pontos de apoio como potes de água, brinquedos, tapetes de fraldas para xixi e até caminhas que ficam espalhadas pelo escritório. "Sou contra confinar o bicho num espaço pet. Os animais têm que ter livre circulação, como qualquer pessoa."

Organização

Para organizar o convívio, há algumas regras e até um código de conduta. Se o cachorro faz suas necessidades, o dono tem que limpar. Se latir, deve ir para um treinamento. "Senão acaba promovendo uma disrupção muito grande. Mas é impressionante ver como funciona, porque é raríssimo ouvir um latido de cachorro aqui no TC", diz.

Pedro viu a iniciativa acontecer em empresas de tecnologia nos EUA e no Google aqui no Brasil. Para ele, que simpatiza com os animais, não faz sentido outra política sobre o assunto. "Qual é o motivo lógico e razoável de proibir isso sendo que a maior parte do tempo as pessoas passam no trabalho e seus pets ficam sozinhos nos apartamentos?", questiona. Ana Luísa Campelo pegou a cachorra Gamora - uma lulu da Pomerânia - bem no início da pandemia do coronavírus  e logo após passou a trabalhar no departamento financeiro da TC.

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Ana Campelo no trabalho com Gamora. Foto: Felipe Rau

No retorno ao trabalho presencial, se surpreendeu: "Vi doguinho correndo no corredor e falei: não vou trabalhar", brinca. Apesar do medo da dona de não dar conta, Gamora passou a frequentar o escritório. "Ela é toda peludinha, uma bolinha de pelo e todo mundo quer passar a mão. Eu trabalho no 11º, o pessoal a pega e leva para passear no 7º andar, sai com ela passando de mesa em mesa", conta. "Você acaba tendo contato com pessoas que não ia ter sem os pets."

 

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