Sonia Racy
21 de outubro de 2018 | 01h00
Dizem que o brasileiro é sempre otimista, mas será que, em cenário de País em crise, em ano de eleições, esse estado de espírito se mantém?
Pesquisa realizada pelo instituto H2R Pesquisas Avançadas mostra que o brasileiro não acredita que o Brasil vá melhorar após as eleições.
De acordo com o levantamento, qualquer que seja o resultado da disputa política, 32% esperam algo pior e 45% acreditam que nada vai mudar. Ou seja, 77% estão desesperançosos.
É na faixa mais jovem que está o maior bloco de pessimistas — chegam a 40% do total, entre 18 e 24 anos. Na faixa seguinte, de 25 a 29, eles caem para 25% do total. “Depois, o pessimismo cresce aos poucos, conforme o público envelhece. E a perspectiva de melhorar a vida parece ir caindo”, aponta a pesquisa.
“A tendência é a visão de futuro ficar mais polarizada ao longo dos anos”, prevê o documento.
Por outro lado, embora o brasileiro espere um País pior, quando questionado em relação à sua própria vida a perspectiva é de… melhora. Segundo a pesquisa, com 1.417 entrevistados de todas as regiões, 46% dos brasileiros creem que sua vida será melhor depois das eleições, 43% acham que estará igual e apenas 11% preveem piora.
Na verdade, eles descolam sua vida do destino da Nação.
Curiosidade: integrantes das Classes C e D parecem confiar mais na própria capacidade de construir vida próspera. “Por já estarem em situação de exclusão e não se sentirem beneficiadas pelas ações de governos, essas são as classes que menos contam com mudança para melhorar de situação”, conclui o relatório.
O otimismo é mais presente na faixa etária de 25 a 29 anos e entre os membros da classe D.
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