Congressistas temem que pode sobrar para eles o ônus do acordo que Temer fechou com caminhoneiros na tentativa de encerar a greve, segundo fontes ouvidas pela coluna.
A medida custará R$ 10 bilhões e, fora o uso de crédito extraordinário, qualquer possibilidade de levantar verba para pagar a conta - realocar recursos, criar impostos ou vender estatais - terá que ser aprovado por parlamentares, na forma de lei.
Existem, no Senado, aliás, duas correntes para solucionar a crise dos caminhoneiros. Os defensores da redução da carga tributária sobre os combustíveis, como Randolfe Rodrigues, Ricardo Ferraço, Cassio Cunha Lima e José Reguffe.
E os que insistem em subsídios - pagos não pelo governo, como está se delineando, mas sim pela estatal. São os senadores do PT, que, pelo jeito, gostaram da política implantada por Dilma.
É de conhecimento público que só a implantação de preços irreais para combustíveis, nos anos Dilma, provocou rombo de R$ 60 bilhões nas contas da Petrobrás.
Já a greve dos caminhoneiros gerou, em sete dias, desvalorização de R$ 120 bilhões. E ontem mesmo, houve reversão dessa queda ante a certeza dos mercados que Pedro Parente não abandonará o barco.
As ações subiram 14,13% e a bolsa somente 0,95%.
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