Vem por aí uma preciosidade histórica: meses antes de seu trágico fim, Olga Benário estaria decidida a abandonar Luiz Carlos Prestes. Quem revela é Leandro Narloch, no Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, que está para sair pela LeYa.
O autor se vale de um telegrama de 22 de junho de 1935, mandado por ela aos chefes do PC em Moscou. "Como Prestes já está aqui e em seis meses termina minha missão, peço confirmação do meu direito de voltar aos estudos ao término desse período." No caso, "aqui" era o Brasil e "voltar aos estudos" significava abandonar o companheiro e regressar a Moscou.
Não conseguiu. Acabou sendo presa, torturada e levada a um campo de concentração na Alemanha nazista, onde morreu em 1942.