Direto da Fonte
26 de agosto de 2016 | 00h25
Advogados de peso, ouvidos pela coluna, entendem que o processo no Senado são favas contadas – Dilma será afastada – mas mostram olhares diferentes do episódio. José Carlos Dias acha que houve “muita demagogia, muita retórica e alguns abusos”, mas entende como decisivo o fato de que “o crime de responsabilidade foi comprovado”.
Luiz Flávio Gomes compara os destinos opostos. “Quem deixa o palco quer sair com um discurso histórico. E precisa cuidar de seu futuro partidário”. E quem chega “quer garantir a legitimidade, não quer chegar queimado” ao poder.
Já Marcelo Lavénère, que comandou o impeachment de Collor em 1992, faz uma advertência: “É claro que o cenário aponta para uma vitória dos rivais da presidente, mas eu prefiro, como advogado, acreditar, lutar até o fim e só aceitar o resultado quando ele estiver no painel”. E faz uma comparação entre os dois momentos — os e Collor e de Dilma. “São casos que têm rótulos iguais e conteúdos diferentes. Dilma é acusada “por atos de governo, nunca por crimes pessoais”. Já o envolvimento direto de Collor com os atos de PC Faria e com seguidos casos de improbidade pessoal era inquestionável”.
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