Sonia Racy
17 de maio de 2017 | 06h44
Entre imensos dinossauros, tigres e elefantes do Museu de História Natural de Nova York, João Doria recebeu ontem, em Nova York, o título de Person of the Year numa festa que começou formal, assumiu tons políticos e terminou em clima de campanha. Diante de cerca de mil pessoas, o prefeito agradeceu a honraria — que a Câmara de Comércio Brasil-EUA concedeu também ao embaixador Thomas Shannon –, reafirmou os planos de privatização na Prefeitura, elogiou enfaticamente Geraldo Alckmin, festejou a recuperação da Petrobras e bateu forte em Lula.
“Se houver maioria silenciosa, a minoria ruidosa vai ganhar”, bradou em um dos momentos finais, já menos formal e muito aplaudido. “O que se vê na Petrobras mostra que é passível, sim, recuperar o Brasil”, avisou. E retomou o tema da véspera, quando admitiu não ser impossível sua candidatura em 2018. “Mas para isso (lutar por mudanças) “não é preciso ser candidato a nada”, ponderou, talvez para reduzir os efeitos da frase anterior. Da gestão como prefeito, destacou “a grande virada” que virá com “o maior processo de privatização já feito por uma vida de brasileira”, que renderá “mais de US$ 2,5 bilhões para obras”.
A noitada incluiu mensagens de Temer e FHC e Nizan Guanaes, ao destacar os feitos do prefeito e agitou os ouvintes ao defini-lo como “o homem que nunca dorme, na cidade que nunca dorme”.
Na platéia, além de bom pedaço do empresariado brasileiro, como Binho Ometto, estavam expoentes do mercado financeiro como Arminio Fraga, vencedor do mesmo prêmio em 2016, Persio Arida, Luiz Trabuco, Sergio Rial, José Berenguer, Roberto Setúbal, Carlos Alberto Vieira e entre os diplomatas, o embaixador Sergio Amaral e o secretário do Itamaraty, Marcos Galvão.
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