Philippe Starck, um dos principais nomes do design mundial, foi o centro de um jantar no apartamento de Taissa Buescu, editora da Casa Vogue, anteontem, em Higienópolis. Starck - que está no Brasil para a inauguração da loja TOG - é o editor convidado da próxima edição da revista. Indagado sobre o faturamento de sua marca, preferiu não responder. Abaixo, suas respostas por e-mail.
Sua primeira investida real no Brasil foi o Fasano do Rio, do qual o senhor ia ser sócio. O que o fez mudar de ideia?
Nunca foi um plano eu me tornar sócio.
O Brasil ainda é um mercado atrativo? Como vocês, empresários, veem o Brasil ?
Quando você observa a evolução global da humanidade, a evolução de um país, existe uma grande linha que é sempre positiva. Ainda bem. Senão, teríamos desaparecido. Se olharmos essa linha de perto veremos que ela é feita de altos e baixos, luz e trevas, barbárie e civilização. Talvez o Brasil não esteja em seu topo, mas é absolutamente importante, pois parte de seu sucesso fantástico acontece devido à bela energia do povo brasileiro.
Por que outros não conseguiram seguir esse seu caminho?
Não sei se faço sucesso. Não estou interessado na ideia de sucesso. O que me interessa é estar comprometido com a ideia de fazer meu trabalho e encontrar legitimidade em minha criatividade. Essa diferença talvez seja o segredo.
Como foi participar como editor convidado da Vogue Casa?
Ser editor convidado é muito divertido porque não é preciso ser o editor de verdade. Fazer isso uma vez na vida é interessante para compreender como você cria informação. Fazer isso todos os meses requer uma pressão que eu imagino que possa virar uma "tortura". Ainda bem que eles não me "torturaram".