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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

'Não vai ter golpe...', o troco do MBL ao PT no telão

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Por Sonia Racy
Atualização:

CENA DO FILME FEITO PELO MBL, QUE DEVE ESTREAR EM SETEMBRO. Foto: REPRODUÇÃO

Em versão antagônica à da cineasta Petra Costa, que reforça a narrativa de golpe do PT em seu filme - com estreia marcada para quarta, dia 19 - o MBL está finalizando o seu próprio documentário sobre o impeachment de Dilma.

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Dirigido por Alexandre Santos e Frederico Rauh, cofundadores do MBL, o filme Não Vai Ter Golpe: o Nascimento de um Brasil Livre mescla a história do movimento e dos jovens que o formaram, sem qualquer experiência política, às manifestações de rua que levaram à queda de Dilma em 2016. Recheada de referências à Lava Jato e à crise política e econômica da época, a história mostra como os protestos pelo impeachment, realizados sem o apoio da oposição, então capitaneada pelo PSDB, acabaram por reforçar o sentimento contra o establishment político na sociedade.

Um dos momentos mais tensos do filme, com pré-lançamento em 2 de setembro, em SP, Rio e Curitiba, ocorre quando o pessoal do MBL, que estava acampado na frente do Congresso, em Brasília, para pressionar os parlamentares a aceitar a denúncia contra a ex-presidente, é cercado por dezenas de militantes do MST, dispostos a tirá-los de lá à força. No final, o grupo do MST foi embora e as barracas do MBL continuaram no local.

Com duas horas e 5 minutos de duração, o filme menciona também outros grupos, como o Vem Pra Rua e o Revoltados Online, e revela a estratégia bem-sucedida adotada para convencer os parlamentares a apoiar o impeachment. O movimento chegou a criar uma força-tarefa nos Estados para promover um corpo a corpo com os indecisos, ao mesmo tempo em que usava as redes sociais para constrangê-los. /JOSÉ FUCS

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