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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

MPF não esperou CVM para prender irmãos Batista

Por Sonia Racy
Atualização:

JOESLEY BATISTA. FOTO: AYRTON VIGNOLA/ESTADÃO  

Apesar de CVM e PF terem vigente um acordo de cooperação - usado inclusive para as investigações de insider trading na JBS - o MPF não esperou a conclusão da comissão sobre as operações cambiais do frigorífico e as vendas de ações da empresa para mandar prender os irmãos Batista.

Ha quem defenda que deveriam ter esperado as conclusões da CVM - que devem sair no mês que vem - para agir em uníssono.

Operações não eram crime, diz empresa

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É fato é que essas operações foram analisadas pela J&F antes da conclusão do acordo de leniência da holding. A decisão, para não incluí-las no acordo, foi a de que elas... não constituíam crime.

Operações cambiais são permitidas, diz advogado 

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Em busca na internet, a coluna encontrou análise do criminalista Pierpaolo Bottini publicada dia 18 de maio no Conjur - um dia depois do vazamento da delação de Joesley Batista.

Bottini - que assumiu o acordo de leniência da holding no dia 30 de maio, com seu sócio Igor Tamasauskas - declarou ao site que usar informação privilegiada de denúncias contra Temer e Aécio para adquirir moeda - e não valores mobiliários - não configura prática do crime de insider trading, previsto no artigo 27-D da Lei 6.385/1976.

Lei não cita moeda como valor mobiliário

Na descrição de valores mobiliários - de acordo com o artigo 2º dessa lei - não existe a palavra moeda.

Indagado sobre o assunto, Bottini disse ontem que considerou que a operação seria em moeda. Mas o que a JBS comprou foram derivativos. Estes, sim, inclusos na lei de 1976.

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