A pedido do vereador Toninho Vespoli, o Ministério Público paulista abriu inquérito para apurar eventual ato de improbidade administrativa do secretário municipal de Cultura, André Sturm. O MP tem como base a gravação de uma conversa de Sturm com Jimmy Keller, o diretor do Instituto Odeon, responsável pela gestão do Theatro Municipal.
Na conversa, Sturm queria que o Odeon, que venceu licitação e deveria gerir o teatro até 2021, abrisse mão do contrato. Em dezembro, depois de seguidas acusações ao instituto, o secretário rompeu unilateralmente o acordo entre os dois lados.
No pedido de inquérito, o promotor Paulo Destro menciona "improbidade administrativa" e "violação de princípios" e se propõe a apurar "suposto ato de improbidade praticado pelo secretário municipal de Cultura, que teria oferecido vantagens indevidas a Jimmy Keller, do iInstituto Odeon (...) visando obter a aprovação da prestação de contas da entidade junto à Procuradoria do Município".
Diz ainda o promotor que "o citado agente público teria ameaçado com o distrato da parceria que firmara em troca benefícios, tal como aprovação de suas contas, uma vez que não concordava mais com a gestão do instituto à frente do teatro". E designou para cuidar do caso o oficial de promotoria José Nogueira.
Sturm tem prazo de 45 dias para apresentar suas razões.