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Vai que dá certo
A indicação de Gustavo Montezano para o BNDES partiu de Salim Mattar. Pelo que se apurou, o secretário de Privatizações sofreu pressão para assumir o cargo - o banco, inclusive, passa a ser responsável por privatizações. Mas ele preferiu sugerir seu braço direito - amigo de infância dos irmãos Bolsonaro.
Mattar comentou com um amigo que o economista é jovem e tem, sim, menos experiência de vida. Entretanto, tem muito mais experiência no mercado financeiro - entre outras, foi sócio do BTG, atuando na área de crédito. Essa solução deu a Mattar um parceiro em sintonia para tocar venda de estatais.
Vai que dá 2
Integrantes do BTG ouvidos pela coluna consideram que Montezano tem uma cabeça "fora de série" ou ainda "acima de linha" e que é "workahoolic', além de tecnicamente muito bem preparado. "E ainda é bom formador de times", pondera um deles.
A preocupação é com a reação no BNDES. "Ele vai ter que mostrar a que veio e rápido. A resistência do corpo do banco será aguerrida", pondera integrante da equipe da Fazenda. Começa amanhã com ato no próprio auditório do banco, no Rio.
Vai que dá 3
É fato que Montezano largou sua carreira no setor privado, em Londres, ao receber o primeiro convite de Mattar. Segundo um amigo, "ele sempre teve o sonho de trabalhar no setor público e fazer algo pelo País".
Esperança
Elena Landau, ex-diretora de privatização do BNDES, acredita que Montezuma começa do zero mas tem oportunidade de fazer boa gestão.
Para a economista-advogada, o BNDES hoje é uma instituição em busca de função. "Ele não se recuperou da destruição que a bolsa empresário causou em sua credibilidade, fez papel triste ao resistir à mudança da TJLP para a TLP e ainda se perdeu na área de privatização."
Corda rompida
Havia consenso, no Ministério da Economia, de que não ocorreriam demissões antes de o governo completar um ano "mesmo se o integrante estivesse indo mal".
Levy abriu a porta - e de modo totalmente inadequado por parte de Bolsonaro. Fala-se agora de outro presidente de estatal que estaria, na visão do governo, sendo engolido pelos funcionários.
Guerra cultural
Circulam por grupos de WhatsApp de cinema e teatro mensagens da atriz Juliana Galdino e de seu marido, Roberto Alvim, convocando profissionais "alinhados aos valores conservadores" a enviar currículos para montagem de banco de dados operado pelo casal.
Figuras de destaque na área de teatro nos anos 2000, os dois são hoje apoiadores de Bolsonaro.
Guerra 2
Alvim e Juliana definem o banco de dados como parte de uma "máquina de guerra cultural". Eles fecharam há pouco seu teatro Clube Noir, na Bela Vista. O público, afirmam, deixou de frequentá-lo assim que se definiram em favor do atual presidente.
Fliaraxá
Valter Hugo Mãe é o grande homenageado do Festival Literário de Araxá, que começa hoje na estância mineira com o tema Literatura, Leitura e Imaginação. O escritor lança três livros e participa de debates.
Em família
Convidado da Flip, em julho, o americano David Wallace-Wells desembarca no País com mulher e filho. Depois vem para SP, onde ele participa de evento no Centro Cultural, no dia 16