Não se sabe até quando, mas o mercado financeiro vem deixando de lado a confusão política instalada com o caso Bebianno e se concentrando na reforma da Previdência. "O mercado não quer entender o que está acontecendo e sim apreender como funciona Bolsonaro e ter clareza da real possibilidade da aprovação da reforma", analisou ontem um conhecido banqueiro.
Para ele, a situação hoje mostra claro divisor de águas. "Se a reforma passar, todas as confusões políticas serão perdoadas pelo mercado. Se não passar, não vai adiantar corrigir o rumo político", sentencia.
É ela que vai garantir a sustentabilidade real do crescimento da economia.
'Casa dividida não se sustenta'
Outro integrante do sistema financeiro, com longa experiência, não vê a situação de maneira tão binária. Lembra que "casa dividida não se sustenta", que a Presidência da República "requer outra liturgia que não a da informalidade" e que, se a situação chegar a afetar o comportamento das agências de rating, a coisa pode se complicar. "Voltamos a uma situação curtoprazista", acredita.
Terceiro banqueiro, tradicionalmente cauteloso, evita fazer qualquer previsão. Quer... ver para crer.
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