A abertura da mostra Marcas da Memória- anteontem, na Cinemateca - foi povoada por fortes discursos exaltando a trajetória da instituição.
Depois de longa crise, funcionários comemoravam a conclusão do trabalho de restauração dos filmes selecionados pela Comissão de Anistia - como Os Libertários, de Lauro Escorel, que foi exibido na noite.
Memória 2
Paulo Abrão, secretário nacional de Justiça, afirmou que o trabalho feito pela Sociedade Amigos da Cinemateca não pode ser questionado.
E, também na condição de presidente da comissão, agradeceu pelas "relações de colaboração e construção da memória coletiva do País".
Em sua fala, Olga Futemma - que gerenciou a crise - pediu que os servidores que tenham se desligado da Cinemateca considerem... voltar algum dia.
Memória 3
Já Patricia De Filippi, diretora adjunta, preferiu não focar sua fala na crise. Destacou, sim, que o ofício de restaurador não é reconhecido no Brasil.
Segundo ela, a Cinemateca é responsável por cuidar de mais de 40 mil títulos e nada menos que 1 milhão de documentos.