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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Lenha na fogueira

Por Sonia Racy
Atualização:

Em depoimento ao MP, dia 31, Paula Sayuri Nagamati, auditora fiscal do município, afirma que Antonio Donato, secretário de Haddad, recebeu dinheiro de Ronilson Bezerra Rodrigues, Luis Alexandre Camargo Magalhães e Eduardo Barcellos- auditores suspeitos de operar esquema de corrupção na Prefeitura.

A servidora, subordinada a Ronilson, declara ter ouvido dele que o grupo "apoiou a campanha" de Donato a vereador - financiada "com dinheiro, fruto da fiscalização".

Lenha 2

Conta também que Ronilson desconfiava estar sendo investigado pela Controladoria Geral do Município e chegou a procurar Donato "por diversas vezes" - que teria sido evasivo.

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Apontado como chefe do grupo, o auditor foi até o vereador do PT Paulo Fiorilo - que recorreu ao secretário. Donato, segundo Ronilson teria dito a ela, "lavou as mãos".

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Lenha 3

No depoimento obtido pela coluna, Paula reforça a versão de que Ronilson procurou Fiorilo e o vereador do PMDB Nelo Rodolfo. Queria ajuda para que a CGM não checasse seu patrimônio, alegando "ser quebra de sigilo".

Rodolfo se negou a ajudá-lo, "por ser coligado ao prefeito". Segundo ela, Fiorilo, "ao contrário, sustentou a tese pretendida por Ronilson".

Lenha 4

Donato afirmou à coluna não ter recebido dinheiro dos servidores nem intercedido em favor deles. E atribui as "infundadas acusações" a um "movimento articulado" para atingir Haddad. "Minha postura tem sido a de colaborar, não vamos recuar na investigação."

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Nelo Rodolfo confirma o encontro e a conversa. Já Paulo Fiorilo informa ter sido procurado por Ronilson e ter falado com Donato. Mas afirma ter dito ao auditor que não poderia ajudar, "porque a corregedoria é um órgão independente".

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