Nas conversas de Brasília com o general americano Jim Jones, ontem, e com Alvaro Uribe hoje, um dos pontos cruciais não é nenhum perigo real e imediato, mas o futuro.
É que a instalação de sete novas bases dos EUA na Colômbia para combater o narcotráfico e as Farc, confirmadas ontem ao governo brasileiro, pode ser para muito, muito tempo. No Peru a guerrilha volta a dar sinais de vida. Mais à frente, não se sabe como estarão Bolívia e vizinhos.
Imagine-se, diz um estudioso da defesa, que daqui a 10 anos ou mais, com a Amazônia ali na esquina, "essas bases podem precisar de água, por exemplo". E ironiza: "Eles até pedem licença ao entrar num país - e pagam. Mas só saem quando querem."