Direto da Fonte
20 de outubro de 2010 | 23h01
Mikhail Baryshnikov parece renovado. Aos 62 anos, o bailarino estrelou anteontem, no Teatro Alfa, um espetáculo leve, alegre e divertido. Ao lado de Ana Laguna, protagonizou momentos irreverentes com trejeitos e expressões, provocando risos na plateia.
No terceiro ato, ao som de Philip Glass, uma surpresa: Micha dançou à frente de imagens de si mesmo quando jovem. Brincou, colocou a mão no quadril e simulou dor. Essa mistura entre passado e presente, levou a plateia à fortes aplausos e até uivos.
Tudo correu em ordem, exceto o desespero dos seguranças com bailarinas jovens. Sentadas nas galerias, twittavam sem parar, ignorando pedidos para desligarem seus celulares. E sinfonia-tosse de três espectadores também provocou alguns ruídos.
Ao fim da apresentação, a dupla foi ovacionada a la popstar durante sete minutos – voltaram três vezes para os agradecimentos.
Na saída, uma jovem bailarina acabou sintetizando o significado do show para quem ama o ballet: “Já posso morrer. Vê-lo era o meu sonho desde criança…”
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