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Janaína Paschoal pede afastamento de Bolsonaro e diz se arrepender do voto

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Por Cecília Ramos
Atualização:

A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) pediu a saída de Jair Bolsonaro da presidência da República, na tribuna da Assembleia Legislativa de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (16). Também afirmou que o vice, Mourão, tem "mais condições" de assumir o cargo. A parlamentar, que chegou a ser cotada para a vice de Bolsonaro, declarou: "Eu me arrependi do meu voto".

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"Esse senhor (Bolsonaro) tem que sair da presidência da República. Deixa o Mourão, que entende de defesa, é treinado em defesa, conduzir a Nação. Nosso país está entrando numa guerra contra um inimigo invisível", discursou a deputada, que por pouco não foi a vice na chapa de Bolsonaro.

Janaína afirmou, da tribuna, que "tem uma justificativa" para pedir o afastamento. E que "não há tempo para um processo de impeachment". Pediu que "as autoridades" se unam e peçam o afastamento do presidente. "O que ele fez ontem é inadimissível e indefensável. É contra a saúde pública. Desrespeitou a ordem do ministro da Sáude (Luiz Henrique Mandetta)".

"Como um homem que está possivelmente infectado vai para o meio de uma multidão? Como um homem que faz uma live na quinta e diz para não ter protesto vai participar desses mesmo protestos e manda as deputadas, pau mandado dele, chamar o povo para as ruas?", questionou, se referindo aos protestos ontem, no Brasil - e amplamente divulgados pelo presidente em suas redes sociais.

"Eu me arrependi do meu voto. Que país é esse? Como é que esse homem vai lá, potencialmente contaminando as pessoas, pegando na mão, beijando. Ele está brincando? Ele acha que ele pode tudo? As autoridades têm que se unir e pedir para ele se afastar. Nós não temos tempo para um processo de impeachment. Precismos de pessoas capazes e competentes para conduzir a Nação. Quero crer que Mourão pode fazer isso por nós", discursou a deputada.

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Ela elogiou o ministro da Saúde, Mandetta. E criticou quem está pedindo a saída dele.

A parlamentar também afirmou que "se houver um colapso, o governador João Doria deve perder o cargo". "Ele riu na minha cara (na Alesp, semana passada) e disse que estava seguindo os técnicos". Janaína criticou o fato de o governador seguir com agendas públicas. Na manhã desta segunda, o governador esteve numa reunião fechada no Departamento de Operações Policiais Estratégicas, em São Paulo.

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