Direto da Fonte
03 de novembro de 2019 | 17h38
ISABEL AMORIM. FOTO: ARQUIVO PESSOAL
Indicada pelas sete associações que compõem o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição – que arrecada e paga os direitos autorais da classe artística no País — a executiva Isabel Amorim assume nesta segunda-feira, no Rio, como nova presidente da entidade. Não há um mandato fixo: sua antecessora, Gloria Braga, ficou no posto por 22 anos.
Já tem as primeiras medidas a adotar na função? “Conheço os desafios do Ecad mas prefiro primeiro chegar lá, tomar pé da situação e depois decidir as prioridades”, disse a nova presidente à coluna, neste domingo. Sobre a antecessora, enfatiza que “a Glória fez um excelente trabalho”. Neste ano, o escritório já distribuiu R$ 691 milhões a 351 mil artistas e auxiliares.
Um dos focos de seu trabalho, admitiu, serão “as dificuldades trazidas pelas mudanças que a cultura digital vem impondo no setor”. Uma delas se refere “às questões jurídicas imediatas, envolvendo direitos de autores e consumidores de música”. O assunto tem sido objeto de CPIs no Congresso e de novos projetos de lei. De modo geral, eles tentam impor maior fiscalização na arrecadação e distribuição do dinheiro e atualizar as normas a respeito do material divulgado no Youtube e em blogs.
“Eu também enfrentei esses desafios atuando na área de direitos autorais no New York Times Syndicate”, lembra Isabel. “Peguei toda a mudança para o digital, num momento em que ninguém sabia direito o que fazer. O próprio NY Times não sabia, na época, como lidar.” Depois de cuidar dessa área para o NYT em toda a América Latina por 12 anos, Isabel foi diretora de estratégia e produto da Editora Abril e comandou a implantação da versão digital do jornal El País no Brasil.
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