Sonia Racy
10 de outubro de 2013 | 01h08
Para promover a tão debatida aproximação com a iniciativa privada, Dilma pensa em ação inédita: escalar um time diferente – além, claro, de seus ministros. Segundo se apurou no Planalto, seria composto por empresários que entraram para a política, como Josué Gomes, Kátia Abreu, Paulo Skaf e Maurílio Biagi.
No mínimo, uma vertente nova para melhorar o diálogo.
Iniciativa 2
Esta coluna conversou ontem com oito empresários de peso para saber se esse movimento de aproximação já estava em curso.
Resposta unânime: não.
Iniciativa 3
Um deles, bastante respeitado, crê que Dilma não fará novo esforço por um motivo simples: ela não acha que está longe do setor. “Seus ministros Gleisi Hoffmann e Guido Mantega é que têm essa percepção realista.”
E critica seus colegas: “Muitos chegam para conversar com a presidente e não têm coragem de dizer o que pensam”. Mas essa intimidação não é natural? “Há governantes que abrem espaço para ouvir a verdade; outros não.”
Iniciativa 4
Mais pessimista, empresário importante para o deslanchar da infraestrutura acredita que Dilma está cada dia mais longe da iniciativa privada. E que isso só vai piorar com a união entre Marina Silva e Eduardo Campos. “Agora é que ela só vai olhar para o que dá voto.”
Iniciativa 5
Dilma e Jaques Wagner foram juntos, terça, ao aniversário de Gu Hanghu, o “acupunturista das agulhas superpoderosas de Brasília”.
A Wagner, a presidente confidenciou: vai retomar contato pessoal com empresários.
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