EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Inês Mindlin Lafer assume o Gife e busca aprimorar doações sociais

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Inês Mindlin Lafer. Crédito: Mário Ladeira  

O GIFE trocou de comando. Com a missão cumprida, deixa a presidência da instituição, depois de dois anos, Neca Setubal. Assume o posto Inês Mindlin Lafer - atual dirigente do Instituto Betty & Jacob Lafer.

PUBLICIDADE

Mas o que faz exatamente o GIFE? "Nós nos unimos para criar espaços de disseminação de conhecimento, montamos congressos, focamos nas boas práticas de investimento social privado, tudo para aperfeiçoar e trazer mais eficiência para doações", explicou Lafer à coluna.

Entre as muitas ações, chama a atenção o Censo GIFE. Realizado desde 2001, trata-se de uma pesquisa bienal quantitativa, autodeclaratória e voluntária. Busca desenhar o panorama e saber mais sobre a doação de recursos, a estrutura, formas de atuação e estratégias para tanto. Algo como um mapa do destino de recursos privados para projetos de finalidade pública.

O último senso disponível é de 2018 - por causa da pandemia, o de 2020 foi adiado para 2021. No levantamento, feito há três anos, exatas 133 organizações associadas responderam. Em números absolutos, os associados somam R$ 3,25 bilhões em investimento social privado.

A ONG, ao apresentar as principais características e tendências nas práticas do investimento social e da filantropia, molda o suporte necessário. Ajuda a criar um parâmetro sobre o que é um bom investimento social e o que a filantropia deve almejar. Metade das organizações não tem conselheiros independentes, o que denota oportunidades de aprimoramento, apesar de 89% reportar a existência de conselhos deliberativos em suas organizações. Vão aqui trechos da conversa:

Publicidade

Como o GIFE reagiu a essa pandemia? Com certeza, ela aprofundou as desigualdades. Para nós, mostrou que não dá pra fazer filantropia sem olhar para a redução dessas desigualdades. Temos que ajudar com as necessidades mais imediatas, trabalhar também nas causas, nos problemas. Temos que olhar como é que o recurso privado pode ajudar a acelerar a construção de um País menos desigual.

Como é que alguém entra no GIFE e por quê? Para ser nosso associado, você responde a uma série de perguntas. Queremos saber o que a sua fundação ou seu instituto faz; quem é seu conselho; qual é a área de trabalho da sua organização; seu orçamento anual de investimento social e o porte da sua organização. Uma coisa superimportante, dentro deste quadro que fazemos a cada dois anos, é o Censo.

Hoje, qual é o tamanho do instituto? Somos 160 associados. Fomos criados em 1995, mas existimos desde 1989. Na virada da democracia, houve esse movimento das empresas, das famílias tomarem a decisão sobre ter uma atuação filantrópica local, com boas práticas em gestão, com dinheiro brasileiro. E não depender só de fundações internacionais. Então, surgimos nesse contexto buscando maior profissionalização nesse mundo sem fins lucrativos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.