Paulo Guedes já tem claro o que fará com a receita estimada em R$100 bilhões a ser arrecadada nos leilões do pré-sal da Petrobrás: "Serão usados para a redução de dívida pública". Na avaliação do ministro, é inaceitável que o Brasil gaste, em juros anuais, o equivalente à reconstrução de "uma Europa no pós-guerra". E compara: "Se você tem uma empresa com tal custo, a primeira coisa a fazer é vender ativos para reduzir esse gasto gigantesco".
Para o ministro, o Brasil hoje "é paraíso dos rentistas. Por isso a Faria Lima, em São Paulo, era 'alckmista' nas eleições. A vida é boa na avenida", declarou ao Estadão.
Antes de imaginar a entrada dos bilhões, entretanto, segundo se apurou, o governo e a Petrobrás terão que chegar a uma conclusão sobre a revisão do contrato da cessão onerosa. As tratativas para tanto já recomeçaram no atual governo.
Consta que a equipe de Temer acertou, em aditivo de contrato, que a Petrobrás receberia cerca de US$ 14 bilhões pelos 5 bilhões de barris a que tem direito - algo como... R$ 53 bilhões hoje.
Nada menos que metade da arrecadação prevista no todo.
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