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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Fecharemos em patamar igual do ano passado', diz presidente global do Santander

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Por Redação
Atualização:

Ana Botin e Sergio Rial. Foto: Santander

A segunda onda da covid-19 na Europa não impediu a espanhola Ana Botin de vir a São Paulo. Exibindo, orgulhosa, sua máscara de proteção (ver foto), passeou ontem pelos andares do banco, às margens do rio Pinheiros. A presidente executiva do Grupo quis ver de perto a recuperação e aumento de participação do Brasil no resultado  global, neste terceiro trimestre. Hoje, segundo Sergio Rial, o Brasil responde por mais de um terço dos resultados globais do Santander.

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Avessa a entrevistas, aqui vão algumas respostas, obtidas pela coluna, de perguntas feitas por funcionários durante... longa conversa.

Seu pensamento de mundo mudou com o isolamento social? 

A grande lição que ficou, no plano pessoal, é que a minha vida é importante, minha família é importante, a comunidade é importante. Isso quer dizer que, se não me cuido pessoalmente, essa minha decisão tem um impacto sobre toda a sociedade. Profissionalmente, o aprendizado foi sempre pensarmos primeiro nas pessoas, no cuidado conosco e com os outros. Sou grata a todos vocês. Muito grata. Não é possível prever como será o mundo, mas algumas mudanças vieram para ficar. Talvez eu viaje menos. Quanto a trabalhar em casa, teremos que encontrar a melhor relação possível.

 

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Esse vírus tirou das empresas e pessoas a possibilidade de controle e planejamento. Como você sentiu isso? 

Não acho. Uma das lições da pandemia é justamente a necessidade de termos clareza sobre nossos objetivos. Não se trata de listar 15 prioridades, mas talvez três, e seguir em frente. Aprendemos que, quando atuamos juntos e com uma meta clara, somos imbatíveis.

 O mundo digital vai levar o Santander para onde? 

Maior eficiência e ganhos de escala. Em meios de pagamento, por exemplo, estamos entre as dez maiores plataformas globais, mas temos que considerar que, neste ranking, apenas cinco são bancos. A concorrência está fora do nosso setor. E sempre digo, nunca subestime o concorrente, porque ele vai provar que você está errado. O Grupo tem mais de 160 anos, conviveu com a revolução industrial, passou por duas guerras terríveis e estamos aqui. É claro que os resultados são inegociáveis, mas temos que fazer do jeito certo.

 O impacto na matriz foi muito diferente da filial Brasil? 

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Na Europa, a situação é mais difícil, mas nas Américas devemos fechar o ano em um patamar equivalente ao do ano passado, mesmo com os impactos do câmbio, quando convertemos os resultados para euros.

 As agências físicas continuaram sendo tão importantes como eram antes? 

Hoje quase a metade de nossas vendas no mundo já são digitais. O importante é sempre observarmos o que quer o cliente. Temos modelos como o das Lojas Agro, criado e implementado no Brasil, para atender ao produtor rural.

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