Identificar-se com a causa é essencial para o sucesso do trabalho voluntário. Foi isso o que aconteceu quando Ana Feffer conheceu a ONG Acredite, que cuida de 380 crianças e adolescentes portadoras de doenças reumáticas. Ocupando atualmente a vice-presidência da entidade, ela fala sobre o projeto realizado em parceria com a Unifesp.
Por que a Acredite?
Eu já conhecia o trabalho do presidente, Dr. Claudio Len. E na minha primeira visita à ONG percebi que a atividade deles faz muita diferença para essas crianças. Também me chamou a atenção o empenho que eles têm em ser uma referência nacional na área de saúde.
Como a entidade é mantida?
Como muitas ONGs, vivemos de doações de pessoas jurídicas e físicas, arrecadações em eventos culturais e sociais, além de contribuições de empresas parceiras.
Você estão fazendo um trabalho de engajar até crianças e adolescentes. De que maneira?
Como atendemos crianças e adolescentes, tentamos incluir em nossas atividades pessoas da mesma faixa etária. E, olha, a resposta está sendo ótima. Há duas semanas, fiz uma palestra em um colégio de São Paulo e me surpreendi com a receptividade dos jovens.
O brasileiro tem consciência do coletivo?
Somos um povo solidário, sim, alegre e feliz. E com a ONG, queremos sinalizar oportunidades para os que desejam fazer o bem e não sabe como. Passar conhecimento a quem quiser se juntar ao grupo.
O que mais se pode fazer para a sociedade brasileira evoluir em relação a ajudas sociais?
Faltam programas estruturados que estimulem a adesão das pessoas. Falta também seriedade de gestão, conhecimento efetivo na aplicação de recursos, flexibilidade de horários e tarefas para que o voluntário exerça seu papel social. Fazemos isso na Acredite. Penso que estamos no caminho certo.