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Fafá, dois livros de uma só vez

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Por Marcela Paes
Atualização:

Fafá de Belém Foto: Daniela Ramiro/ Estadão

Fafá de Belém resolveu, no fim de 2020, escrever não apenas um, mas dois livros: a cantora trabalha com o jornalista Bruno Meyer em uma biografia e também organiza 30 anos de anotações sobre sua participação no processo político brasileiro. "Eu fui muitas vezes apagada do processo das Diretas Já. Em documentário e até em minissérie na época, não citaram meu nome em situações em que eu estava. Essa é uma das razões pelas quais eu quero mostrar a minha história dentro da política", diz a cantora.

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Para a biografia, Fafá tem se reunido com Meyer em encontros de uma hora e meia, que, por ela, poderiam durar cerca de cinco horas. "Eu brinco com ele dizendo que nesses 64 anos, se eu fosse contar tudo, minha biografia seria parecida com uma enciclopédia de 225 tomos (fascículos)", diz a cantora, que pretende lançar a história de sua vida em 2021.

Segundo Fafá, um dos incentivadores da empreitada teria sido Millôr Fernandes. Conta que durante uma conversa disse ao escritor e amigo que não via 'matéria literária' em seus escritos, ao que Millôr teria respondido 'tudo bem, também não vejo nos meus'. Para Fafá, o momento também é propício para dar vida ao livro sobre política, principalmente pela radicalização que prevalece hoje, principalmente nas redes sociais.

Ela conta que já foi colocada em diferentes lugares do espectro político por desconhecidos na internet. "No mesmo dia me chamaram de Bolsonarista a radical de esquerda. Isso tudo sem nenhum conhecimento da minha história. Aceito diferentes opiniões desde que haja embasamento, conhecimento dos fatos. Se não tomarmos cuidado com isso, nossa democracia - que ainda é tão jovem, corre riscos. Não podemos esquecer o que passamos para chegar aqui, desde a ditadura".

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