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'EUA ficarão isolados', diz Eddé sobre embaixada em Israel

Por Sonia Racy
Atualização:

CARLOS EDDÉ. FOTO: EDUARDO NICOLAU/ESTADÃO 

A decisão de Donald Trump de mudar a Embaixada dos Estados Unidos para Israel é lamentável, pois vai aumentar a crise, vai perpetuá-la por muito tempo. Isso diante de um consenso praticamente mundial de oposição a esse ato unilateral. A opinião é do cientista político Carlos Eddé.

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Neto do presidente do Líbano Emile Eddé, o meio-libanês-meio-brasileiro acredita que Trump está mais uma vez desafiando a comunidade internacional em questões que são globalmente aceitas. "Essa questão de Israel vai dificultar qualquer solução a médio e longo prazo", destaca.

Por estar sob pressão agora, com a eleição no Alabama do juiz republicano radical Roy Moore, para o Senado, Trump, na opinião de Eddé, quer desviar a atenção dessa e de outras questões internas. "Ele não está só cumprindo uma das promessas de campanha. Candidatos à Presidência fizeram essa mesma promessa e, depois, ninguém cumpriu porque ela vai contra o interesse nacional americano".

Trump deixou todos os seus aliados do mundo árabe e islâmico em situação difícil. Na Arábia Saudita, segundo Eddé, as iniciativas do príncipe Mohammed bin Salman são perigosas e precisam do apoio dos EUA. "Isso vai ser usado contra ele pela oposição interna e pode levar à desestabilização do país".

No ver de Eddé, outros países, percebendo que os americanos estão sendo governados por 'uma pessoa irresponsável, inconstante', vão começar a fazer acordos isolando os EUA. Resultado? Mais força para as presenças russa e chinesa na cena internacional.

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E o Líbano, como fica? "Somos contra essa atitude de maneira unânime. Essa questão supera as questões internas políticas de países árabes."

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