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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

'Equilíbrio pleno é utópico', diz dançaterapeuta

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Por Sonia Racy
Atualização:

MARCOS VINICIUS SANT'ANA. Foto: CHRISTINA RUFATTO/ESTADÃO

Psicólogo clínico e bailarino profissional, Marcos Vinicius Sant'Ana trabalha com dançaterapia, em que se exploram os sentimentos da corporiedade.

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Existe hoje em dia a obrigação de 'ficar bem', de ser equilibrado? As tarefas que são feitas por obrigação precisam ser repensadas, pois somos cobrados o tempo todo, por desempenho com excelência, corpos saudáveis e uma vida cheia de alegrias. Mais do que a busca obrigatória por bem-estar e equilíbrio, é preciso reconhecer as ferramentas internas que podem levar a esse estado. Equilíbrio pleno é utópico. Viver é se deparar com obstáculos como possibilidade de crescimento. Quando nos fechamos para a mudança e a transformação daquilo que nos angustia, vivemos sem autenticidade. O caminho está em permitirmos a falha como parte de nossas vidas.

Este ano, tivemos o caso de líder espiritual envolvido em escândalos. O que acha disso? Comportamentos que burlam princípios e valores sociais denotam possíveis distúrbios e desvios de personalidade, cabendo uma avaliação psiquiátrica e psicológica. Outro ponto a ser considerado são os impactos que esse tipo de notícia causa na sociedade. As redes sociais e a mídia tendem a disseminar o medo, a desconfiança e a ira.

Que dica você dá para quem quer se conectar consigo mesma? Conectar-se está diretamente relacionado a uma disponibilidade interna de se autoconhecer, através do permitir-se. A vida irá sempre nos surpreender para que possamos nos direcionar em busca de um novo conhecer-se.

A virada do ano é de fato um bom momento para se reavaliar? Tendemos a entender o fim do ano como a finalização de um ciclo, quando nos dispomos a avaliar o que foi alcançado e o que precisamos melhorar. Acho importante concluir que a vida é uma caixinha de surpresas e que é necessário aprender a lidar com o imprevisível e o inesperado. Formatos preestabelecidos e rigorosos trazem consequências emocionais e psicológicas. /PAULA REVERBEL

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