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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

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Por Sonia Racy
Atualização:
 

Ao ser indagado ontem sobre as medidas anunciadas pelos ministros Joaquim Levy/Nelson Barbosa, que visam recompor o equilíbrio fiscal do governo, Roberto Setubal, presidente do Itaú, reconheceu que se essa proposta tivesse sido feita no momento em que o governo enviou o Orçamento de 2016 ao Congresso, possivelmente o Brasil não teria sofrido o downgrade pela S&P. E que, agora, o País tem que brigar para não perder o investment grade de outras agências.

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Vão aqui algumas reflexões de Setubal sobre o atual momento econômico.

* O superávit primário é essencial. A alternativa de déficit fiscal seria pior para todos os brasileiros, pois teríamos inflação e baixo crescimento e mais à frente seria necessário um ajuste ainda maior.

* O compromisso do governo de fazer despesas crescerem abaixo do PIB é importante, para que o ajuste tenha sucesso ao longo do tempo.

* Como o próprio termo significa, somos uma "sociedade chamada Brasil". Temos que enfrentar os nossos problemas repartindo o ônus por todos os segmentos, mesclando redução de benefícios e aumento de impostos. No momento, isso se faz necessário - a alternativa é muito pior.

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* Infelizmente, acredito que a conta não fecha sem a CPMF, que deve ser temporária e declinante ao longo de quatro anos.

* O aumento da tributação sobre a intermediação financeira e sobre o capital é bastante relevante, mas entendo que neste momento todos devem colaborar.

* Está correta a ideia de que acabar com a corrupção e aumentar a eficiência do setor público é o caminho. Há muito a melhorar nessas questões. Uma solução de longo prazo, mas não esquecer que temos um problema imediato que exige medidas urgentes.

* Deveríamos separar a agenda política da econômica. A mistura dessas agendas no Congresso vai fragilizar ainda mais a já debilitada economia. Temos que ter responsabilidade com o futuro do País.

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