Direto da Fonte
25 de julho de 2019 | 00h55
BR DISTRIBUIDORA NÃO É MAIS CONTROLADA PELA PETROBRÁS. FOTO: FABIO MOTTA/ESTADÃO
O desenho da “desestatização” da BR Distribuidora abriu espaço para realização de operações parecidas – que devem ser deflagradas em subsidiárias do BB, da Caixa ou, ainda, da… Eletrobrás.
A operação foi considerada um sucesso pela equipe econômica. Houve até quem tenha se surpreendido com a suavidade. Segundo fonte do governo Bolsonaro, não aconteceram os habituais protestos promovidos por sindicatos ou ações jurídicas para impedir a venda.
E assim – por meio de um significativo aumento de capital, aprovado pelo conselho de administração da Petrobrás na terça-feira – a BR Distribuidora deixou de ser controlada pela Petrobrás.
E os acionistas minoritários da BR Distribuidora? Neste modelo de diluição de ações, não terão direito ao “tag along”. A Lei das SAs especifica que isso só ocorre quando da venda direta ou indireta do controle de uma companhia aberta.
O que não aconteceu.
Interlocutores que acompanharam últimos dias a “crise” Brasil-Irã, por causa do navio iraniano que precisa ser reabastecido em Paranaguá, acreditam que o embaixador de Teerã, Seyed Ali Saghaeyan, talvez tenha menos cartas na manga do que imagina ao fazer ameaças, ontem, a Brasília.
Como é sabido na área, o governo brasileiro não tem poder de interferir na decisão de não abastecer o navio – mesmo que seja ele o controlador da Petrobrás.
E mais: a opção por usar este navio foi tomada, “descuidadamente” por empresa privada. E esta, segundo a mesma fonte, “não atentou para o detalhe sobre a quem pertence o navio”.
Pela segunda vez neste mês, Lula tentou – e não conseguiu –, na Justiça, excluir do Facebook os posts sobre a morte de seu neto de sete anos, em abril.
O juiz Fernando Domingues Ladeira, no entanto, exigiu que o Facebook forneça dados cadastrais dos perfis falsos responsáveis pelas referidas postagens. Além dos IPs – números que identificam a origem dos acessos.
Setor livreiro respira aliviado. Dados recém-pesquisados pela Nielsen apontam, em julho, crescimento de 4,34% no total de livros vendidos e 2,6% no de faturamento, comparados com julho do ano passado.
Em números concretos, foram comercializados quase 3 milhões de exemplares resultando em uma receita, no mês, de R$ 109,2 milhões.
No acumulado do ano, entretanto, a performance continua inferior à de 2018: o volume de venda quase 13% menor e faturamento idem.
A militância pro-Bolsonaro – que critica diariamente a Ancine – não se manifestou sobre projeto de R$ 530 mil, aprovado pelo mesma agência, autorizando o cineasta Josias Teófilo a captar recursos para um longa sobre a ascensão de Bolsonaro ao poder.
Indagado sobre a liberação do seu projeto, Teófilo reagiu: “Nunca ouvi falar que a Lei do Audiovisual seja exclusiva para esquerdistas”.
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