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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

De Goiás para o mundo

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Por Sonia Racy
Atualização:

"Incrível vocês ainda terem energia pra escutar um cara como eu depois de oito horas de evento". Foi assim, arrancando gargalhadas da plateia, que Joesley Batista, da JBS, começou recente palestra no CEO Summit, da Endeavor. E por horas, continuou fazendo a plateia rir a cada frase. De fato, sobrou bom humor geral.

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Fala mansa, paciente, respondeu, uma a uma, às perguntas do público. Como encara o sucesso? "A soma de trabalho, empreendedorismo, coragem". E cravou: "Também falta de juízo. Não pode fazer conta demais, senão nada dá certo..."

Como treina seu time? Regra básica: "Não adianta querer mudar as pessoas. Eu, por exemplo: nunca vou largar de ser lerdo, falar devagar...". Mais risos.

Trata diferente o mercado americano e o brasileiro? "Gente é gente em todo o canto: cliente gosta de desconto, vendedor gosta de subir preço, funcionário gosta de salário maior", explicou. "Além disso, boi é boi, frango é frango, frango come milho aqui, no Japão, em todo lugar".

Contabilidade? "Tem de conferir o extrato, senão o banco te leva algum...".

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Sobre o perigo de se dar passo maior que a perna: "A gente acredita muito que o Schumacher foi o Schumacher muito mais por saber a hora de frear do que de acelerar. A arte está em frear no limite, pra não ser também nenhum Rubinho..."

Última pergunta: como manter o espírito empreendedor? "Nunca fui dormir pensando 'ô, missão cumprida!'. É sempre 'minha Nossa Senhora, tem de resolver isso e aquilo, contratar mais gente, arranjar mais dinheiro, construir mais fábrica'. Como se a gente se imposse... ou se impusesse? Não sei!" - o público delirou. "Se impusesse? Então, se impusesse a necessidade de se superar."

Meia hora de conversa, Batista encerrou com uma máxima que norteia o Grupo: "Qualquer decisão de compra ou aquisição tem de ser fácil. Decisão difícil, como diz meu pai, geralmente é decisão ruim".

Foi aplaudido de pé.

/DANIEL JAPIASSU

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