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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

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Por Sonia Racy
Atualização:

 

Há menos de duas semanas no Brasil, no cargo de cônsul em São Paulo, Dennis Hankins está completamente à vontade. Falando português fluido, com leve sotaque nordestino (foi vice-cônsul em Recife, em 1985), tem consciência de que um de seus desafios é manter o fluxo de investimentos para o Brasil. "É fruto da admirável economia brasileira. Estamos recebendo, no mínimo, uma missão governamental e empresarial por semana. A de Oklahoma, por exemplo, acaba de passar por aqui", contou ele à coluna, ontem, durante café da manhã no Hotel Hyatt.

Até quando os brasileiros vão precisar de vistos para entrar nos EUA e vice-versa?

O tema está em pauta, mas não acontecerá da noite para o dia. O Brasil já cumpre um dos requisitos necessários para essa liberação: tem baixa recusa de pedidos de visto. Em São Paulo, a média é de 5%.

Então, o que emperra?

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As dificuldades são muito técnicas e há outras legais. Mas tenho certeza de que chegaremos lá em alguns anos.

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A morosidade de concessão de vistos melhorou?

Ano passado, eram cinco meses de espera para marcar uma entrevista. Hoje, são dois dias. Consequência de investimento em inovação, que nos permite dar 3,5 mil vistos por dia, aqui em São Paulo. Ainda não precisamos de toda essa capacidade, estamos fornecendo 1,5 mil. Agora, o avanço tecnológico permitirá a emissão de até 6 mil vistos diários.

O que pode ser feito para atrair ainda mais investimentos americanos para cá?

O custo Brasil pesa e é um problema antigo. Bem como a falta de capacitação da mão de obra. À parte esses pontos, participamos do Ciências sem Fronteiras, do Ministério da Educação, que visa a troca de 50 mil alunos por ano. E existem trabalhos para ajudar professores a ensinar inglês por aqui.

Fará diferença, para as relações Brasil-EUA, o resultado das eleições americanas?

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Nenhuma. Já existe uma estabilidade. Lula, por exemplo, se deu com Bush e também com Obama. Não será diferente com Dilma.

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