A não vinda de Ahmadinejad poupa o Brasil do que o embaixador Celso Lafer chama de "loose-loose situation" - um caso de prejuízo puro. Nos direitos humanos, porque o Brasil defende princípios dos quais ele não partilha. Na briga pelo Conselho de Segurança da ONU, porque o Irã está sob sanções e recebê-lo em nada melhora a credibilidade do Brasil.
E terceiro, porque o programa nuclear brasileiro, voltado para fins pacíficos, só tem a perder com tal aproximação. "Para promover interesses comerciais, não precisa de nenhuma visita oficial do presidente", resume ele.