Direto da Fonte
12 de dezembro de 2012 | 01h00
Na criação do fundo Brazilian Golden Art (BGA), o intuito era de, em três anos, formar uma das cinco mais importantes coleções do Brasil. Dois anos depois, Rodolfo Riechert e André Schwartz, da Plural Capital, Raphael Robalinho, do RR Capital, e Heitor Reis, ex-diretor do MAM da Bahia, sócios no BGA, mostram – a partir de amanhã, no MuBE – estar no caminho certo. Selecionaram 94 obras das mais de 600 compradas pelo fundo para a exposição. Heitor falou à coluna sobre a coleção.
Por que o fundo BGA é o único no mercado brasileiro? É um mau negócio?
É que saímos na frente. Mas há iniciativas para a criação de fundos semelhantes. A arte é um excelente negócio, principalmente neste momento que estamos vivendo.
O brasileiro vê arte como investimento?
Sim! O mercado internacional considera os brasileiros grandes investidores. As principais galerias do mundo estão se estabelecendo por aqui e participando, ativamente, das maiores feiras – como SP-Arte e ArtRio –, vendendo bastante. As galerias brasileiras estão no melhor momento da história desse mercado.
Como é comprar uma obra e não poder levá-la para casa?
Os investidores do fundo, na sua maioria, já são colecionadores e as obras que preferem já ocupam suas paredes. Eles consideram o ativo arte como produto financeiro com possibilidade de ganho de capital.
Quais os critérios para comprar?
A qualidade, o preço e, principalmente, a possibilidade de valorização de cada obra ou de seu conjunto.
As galerias são concorrentes?
Não, são parceiras. Mantemos uma relação comercial permanente com a maioria delas. Nós somos um fator diferenciado no mercado – e isso foi facilmente absorvido.
Quantas obras o fundo pretende ter?
Já temos cerca de 600 peças, e o número final vai depender da dinâmica do mercado. Mas possuímos uma coleção bastante representativa da produção contemporânea brasileira, atingindo a meta prevista na época da implantação do fundo.
Daqui a três anos, vocês venderão tudo? Qual o valor do fundo hoje?
Só poderemos saber o valor do fundo no desinvestimento, mas posso afirmar que, desde que iniciamos a coleção, na média, a valorização foi de 120%. Arte é um belo investimento… em todos os sentidos!
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